Mais de 300 alunos participam da programação de aniversário do Bosque da Ciência e da primeira edição do projeto Circuito da Ciência
A programação de aniversário do Bosque da Ciência prossegue neste sábado (2) com sessão de filme, no Auditório da Ciência, e no domingo com a oficina Infância Viva. As sessões no planetário voltam na próxima quarta-feira (6)
Texto e foto: Luciete Pedrosa – Ascom Inpa
Cerca de 300 alunos de escolas públicas de Manaus participaram na manhã desta sexta-feira (1º de abril) das comemorações de 21 anos do Bosque da Ciência e da primeira edição de 2016 do projeto Circuito da Ciência do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI). A programação contou com a presença de autoridades e representantes das secretarias estadual e municipal de Educação (Semed e Seduc).
Na opinião do diretor do Inpa, o pesquisador Luiz Renato de França, esta sexta-feira foi um dia especial, não só pelo aniversário dos 21 anos do Bosque. “Foi um dia em que vimos a interação entre a sociedade e a comunidade científica do Inpa, por meio do projeto Circuito da Ciência”, disse França. “O Circuito faz a interface com as escolas públicas, que têm a oportunidade de ver de perto as pesquisas realizadas pelo Instituto em estandes distribuídos pelo Bosque”, acrescentou.
Para a coordenadora do Bosque da Ciência, a bióloga Fernanda Reis, o Bosque, nestes 21 anos, se apresenta para a sociedade de uma forma madura como um espaço consolidado de visitação de um instituto de pesquisa. “Mas também pela interação do Inpa com a sociedade, com a divulgação de suas pesquisas e com a preservação de um espaço de 13 hectares, que tem uma função social e educadora”, disse.
O coordenador de Extensão do Inpa, Carlos Bueno, conta que em 1995 o Bosque da Ciência foi criado para promover a aproximação do Instituto com a sociedade. Segundo ele, mais de 1,6 milhão de pessoas já visitaram o espaço. “Essa aproximação com a sociedade é mais do que socializar o conhecimento”, disse Bueno. “É popularizar a Ciência e também fazer com que a juventude conheça a Amazônia”, acrescentou.
“Hoje é um dia festa, porque uma semente foi plantada há quase duas décadas e hoje vemos um instituto de pesquisa se relacionando com a sociedade”, disse o coordenador do projeto Circuito da Ciência, Jorge Lobato, que afirma “mais de 60 mil alunos já participaram das atividades do projeto nos últimos 17 anos”.
Para o diretor da Escola Municipal Maria Auxiliadora Santos Azevedo (bairro João Paulo II, zona Leste de Manaus), um das quatro escolas convidadas para esta edição, o professor Gilson Pereira Angelo, a expectativa dos alunos é grande por estarem vindo pela primeira vez ao Bosque da Ciência. “Esta é uma visita inédita, porque muitos deles não conhecem o Bosque. Espero que os alunos aproveitem ao máximo para conhecer sobre a biodiversidade deste espaço”, disse.
“É gratificante participar desse evento, porque as crianças têm uma abrangência científica muito maior da Ciência. E o Inpa é um parceiro fundamental para que aconteça essas atividades científicas no âmbito educacional”, disse a coordenadora da Gerência Técnica Educacional da Secretaria Municipal de Educação (Semed), professora Betânia Correia.
Dentre os projetos apresentados nesta primeira edição do Circuito da Ciência, um estande chamou a atenção dos visitantes. Os bolsistas do Laboratório de Vetores de Malária e Dengue do Inpa, apresentaram aos estudantes o ciclo de vida dos mosquitos Anopheles darlingi, principal vetor da malária no Brasil, e o Aedes aegypti, transmissor da dengue, da febre chikungunya e do zika vírus.
Alunos do curso de Ciências Biológicas do UniNorte, que participam pela primeira vez do projeto, mostraram os benefícios do buriti. “Passar ciência para os estudantes da rede pública é o nosso objetivo dentro do projeto. Mostramos os benefícios dessa fruta que contém vitaminas A, B1, B2 e B5, importantes para o aumento do sistema imunológico”, disse o graduando Wisley Darlisson.
Na opinião da estudante da Escola Maria Auxiliadora, Karina Soares, que participa pela primeira vez do projeto Circuito da Ciência, é uma oportunidade de enriquecer o conhecimento dos estudantes sobre a biodiversidade da região. “Aqui, temos um contato direto com a natureza e podemos aprender mais sobre o meio ambiente e nos incentivar a ser um biólogo no futuro”, disse.
Entre os visitantes do Bosque da Ciência, a turista Lucia Pinguello, que está pela primeira vez Manaus, contou que estava muito surpresa em visitar o espaço. “Aqui é uma oportunidade de conhecer a flora e fauna da região amazônica, que é muito diferente do meu Estado”, disse a turista que é de Cascavel, no Paraná.
Participaram desta edição do projeto Circuito da Ciência, as escolas Agnelo Bittencourt (Santo Agostinho), André Araújo (Cidade Nova II), Rosa Sverner (Jorge Teixeira) e Maria Auxiliadora Santos Azevedo (João Paulo II).
Programação de aniversário do Bosque da Ciência
A programação de aniversário do Bosque da Ciência prossegue neste sábado (2) com a exibição do 4º episódio da saga Star Wars – Uma Nova Esperança, a partir das 14h, no Auditório da Ciência. É uma organização do Conselho Jedi Amazonas e marca a primeira edição do Cine Holocron. A sessão é aberta ao público e paga-se somente a entrada do Bosque, no valor de R$5,00.
Já a partir deste domingo (3), acontece no Bosque da Ciência o projeto “Infância Viva”, em parceria com o Centro Universitário do Norte (UniNorte). São oficinas lúdicas para estimular as crianças a preservar a natureza e desenvolver habilidades cognitivas sobre o mundo físico. As atividades acontecem a partir das 14h.
Na próxima quarta-feira (6) e no dia 20 de abril, o Bosque realiza novas sessões do planetário, onde os visitantes poderão contemplar as belezas e mistérios do universo e aprender sobre a origem e formação das estrelas, planetas e galáxia. Cada sessão dura cerca de 20 minutos com grupos de no mínimo 15 pessoas.
O Bosque da Ciência está aberto para visitação, de terça à sexta-feira, das 9h às 12h e das 14h às 16h. Sábados, domingos e feriados, funciona das 9h às 16h. O público em geral paga R$5,00. A entrada é gratuita para crianças até 10 anos e pessoas a partir de 60 anos. Grupos escolares podem agendar visitas gratuitas.
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