Inpa instala purificador de água movido à energia solar em comunidades de Santarém (PA)
No próximo semestre, o Instituto pretende implantar o equipamento em uma aldeia Yanomami, em Santa Isabel do Rio Negro-AM, e em Nampula - Moçambique, na África
Por Caroline Rocha/ Ascom Inpa
Foto: Acervo Nappa/Inpa
O Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) doou à Prefeitura de Santarém, por meio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente (Semma/Santarém), duas unidades do Água Box, purificador solar capaz de desinfectar águas poluídas de rios, para a comunidade de Jatobá, área de proteção ambiental de Alter do chão, e para uma comunidade localizada na Bacia do Rio Arapiuns, ambas em Santarém (PA).
O técnico do Inpa, Ray Cleiser, e o pastor da Igreja Evangélica de Missão Entre Índios (Comin), Walter Sass, percorreram as comunidades de Jatobá (a 25 quilômetros de Santarém) e uma comunidade situada na Bacia do Rio Arapiuns, instalando purificador de água. A ação ocorreu entre os dias 17 a 22 de maio, beneficiando mais de 30 famílias que vivem nas duas comunidades.
De acordo com o coordenador do Núcleo de Apoio à Pesquisa no Pará (Napa/Inpa), Jorge Ivan Rebelo Porto, após o purificador ser implantado nas comunidades do Eixo Forte e da Bacia do Rio Arapiuns, o equipamento também será instalado em outras comunidades de Santarém que utilizam águas de igarapés para o consumo.
Conforme o inventor do Água Box, o pesquisador do Inpa, Roland Vetter, o purificador funciona à base de energia solar, através de raios ultravioletas (UV), capazes de purificar até 400 litros de água por hora. As lâmpadas ultravioletas têm capacidade para funcionar durante três anos.
O equipamento funciona com uma bomba de água e duas placas solares de 90 Watts cada, que bombeia a água do rio para um tanque d’água. A água contaminada passa por um filtro e em seguida por um tubo de inox com lâmpada de raios ultravioletas, do tipo C, que elimina o DNA (Ácido Desoxirribonucleico) dos micro-organismos, causadores de doenças intestinais. “Depois desses processos, a água está potável, livre de germes e pronta para o consumo” assegura Vetter.
Após ser patenteado e comercializado pela empresa QLuz EcoEnergia, o purificador de água recebeu o nome “Ecolágua”. O aparelho é compacto e pesa aproximadamente 13 quilos. O purificador já foi instalado em 19 comunidades do Amazonas e oito aldeias indígenas.
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