Inpa lança oito obras e anuncia parceria com portal de notícias para divulgação da Revista Ciência para Todos
As publicações da editora do Inpa falam sobre frutas, aves, insetos e políticas de desenvolvimento sustentável na Amazônia.
Por Cimone Barros
A Editora do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/ MCTI) lançou nesta sexta-feira (22) oito obras que visam fomentar e socializar o conhecimento científico produzido nas bancadas de laboratórios, expedições a campo e a partir das análises das informações coletadas pelos pesquisadores. O evento também marcou o início de uma parceria entre o Instituto e o Portal Amazônia, que vai disponibilizar as matérias produzidas pela revista de divulgação científica Ciência para Todos.
De acordo com o diretor do Inpa, Adalberto Val, a ciência elabora um conjunto de informações extremamente relevantes, e essas informações circulam primeiro entre os pares (cientistas, pesquisadores) e depois precisam ser socializadas para a população, por meios diversos. Um deles é através da revista Ciência para Todos, na qual se faz uma decodificação da informação técnica e científica utilizada para a comunicação com os pares tornando-a acessível à população de uma maneira geral.
“Esta cooperação com o Portal Amazônia é de extrema importância, porque com isso a gente consegue alcançar um público bem maior. E quanto mais instruída for a população e quanto mais informação a gente disponibilizar, melhores serão os processos educacionais, de inclusão social e de geração de renda”, disse Adalberto Val.
Lançada em 2009, a revista Ciência para Todos é um dos produtos de divulgação científica do Inpa – assim como o jornal Divulga Ciência e o Circuito da Ciência, por exemplo – que busca mostrar para a sociedade que a ciência está presente no dia-a-dia de todos e apresentar os resultados de pesquisas desenvolvidos pelo Instituto. Em 11 edições do periódico, foram publicadas 82 reportagens em várias áreas do conhecimento, como saúde, sociedade, meio ambiente, mudanças climáticas e inovação tecnológica.
A revista é distribuída gratuitamente em eventos que o Inpa participa ou promove, além de enviar para instituições de ensino, órgãos públicos e disponibilizar o pdf no próprio site. Na última edição (n. 11), a revista traz 12 matérias, quem tem como manchete “Zoom nas águas da região hidrográfica Amazônica”.
“O internauta poderá folhear a revista e ver todo o conteúdo no nosso portal e as matérias também serão publicadas individualmente na nossa editoria de ciência e tecnologia, o que potencializa essa divulgação”, explicou o editor do Portal Amazônia, Rafael Nobre.
Publicações
Nos últimos quatro anos, a editora do Inpa lançou 25 publicações entre livros, cartilhas e revistas, segundo o vice-diretor do Inpa, Estevão de Paula. “O que nós vemos aqui reflete o que faz a ecologia, a tecnologia social, as discussões na área de políticas públicas e a didática”.
Além da revista, a editora colocou a disposição do público três cartilhas e quarto livros. Esses últimos são: Fruteiras da Amazônia - potencial nutricional (Lucia Kiyoko/ in memoriam, Kaoru Yuyama, Jaime Aguiar, Fernando Alencar, Dionísia Nagahama e Helyde Marinho), e Aves do Pantanal (Renato Cintra) e os Cadernos de Debates do Grupo de Estudos Estratégicos Amazônicos (GEEA) tomos V e VI (Adalberto Val e Geraldo Mendes).
De acordo com Renato Cintra, apesar do título da obra ser Aves do Pantanal, ela não se limita a essa região. Ela traz informações biológicas e ecológicas de 520 espécies de aves que ocorrem no Pantanal, sendo que 400 espécies ocorrem no cerrado e 350 na Amazônia.
“É um livro simples, com linguagem acessível. Está em português, tem fotos coloridas e mapinha de distribuição. No final, tem um check list que os observadores de aves gostam muito. A lista das espécies também está em inglês, possibilitando ao observador identificar quais espécies está registrando em sua viagem”, contou Cintra.
Um dos autores de Fruteiras da Amazônia, o agrônomo Kaoru Yuyama, destacou durante o evento a relevância de se conhecer o potencial nutricional das espécies nativas e sua utilização para melhorar a alimentação, mas cobrou das autoridades o zoneamento ecológico-econômico de todo o Estado.
O ZEE é instrumento técnico e político de gestão territorial, que serve de base para o desenvolvimento ao identificar as potencialidade e limitações de cada região. “Não adianta só conhecer o valor nutricional se não pudermos cultivar. Tem de ser feito o zoneamento urgente para começarmos a cultivar as frutas amazônicas”, cobrou Kaoru Yuyama.
Com uma linguagem mais acessível à população, as cartilhas são Introdução a criação de abelhas nativas sem ferrão – em português e sateré mawé (Helyde Marinho, Maria Lúcia Absy, Maria Inês Higuchi, Maria da Glória de Assis e tradução sateré mawé Márcio Batista), Bicho de casco do Estado do Amazonas (Deisi Balensiefer, Soledad Novelle, Richard Vogt e Virgínia Bernardes) e Vamos conhecer os insetos aquáticos? (Enide Luciana Belmont e Neusa Hamada).
As pessoas interessadas em adquirir as obras podem se dirigir a Editora do Inpa que fica no campus I do Instituto, localizado na Avenida André Araújo, Petrópolis, Zona Centro-Sul de Manaus, ou na página da editora. Os preços variam de R$ 10 a R$ 90.
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