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Sensoriamento remoto é tema do último dia do seminário sobre Dinâmica de Carbono

  • Publicado: Terça, 29 de Outubro de 2013, 20h00
  • Última atualização em Segunda, 27 de Abril de 2015, 09h51

 

O aluno de doutorado do Inpa Carlos Celes apresentou a importância das imagens a laser do LIDAR para a estimativa da biomassa da Floresta Amazônica. O seminário ‘Dinâmica de Carbono da Floresta Amazônica’ apresentou resultados e debateu ideias para o Projeto Dinâmica do Carbono da Floresta da Amazônia (CADAF)

Da Redação da Ascom

Na continuidade do seminário Dinâmica de Carbono da Floresta Amazônica, que aconteceu no Auditório da Ciência do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), o doutorando do Programa de Pós-graduação em Ciências de Florestas Tropicais (PPG-CFT) do Inpa Carlos Celes, apresentou dados de sensoriamento remoto da Reserva Florestal Adolpho Ducke. 

Na palestra 'Reserva Ducke: imagens LIDAR e dados terrestres', Celes abordou a relevância de fazer o imageamento a laser da floresta com a tecnologia LIDAR (da sigla inglesa Light Detection And Ranging) para estimar a biomassa da floresta amazônica. “A altura da vegetação é uma forte correlação com a biomassa e desse modo pretendemos utilizar esses dados no Projeto CADAF, que visa o estudo da dinâmica do carbono”, afirma Celes.

O pesquisador do Inpa Moacir Campos, também integrante do Projeto CADAF na parte de sensoriamento remoto, explica o funcionamento do LIDAR no imageamento da floresta: “O dado LIDAR é uma tecnologia que faz uma varredura a laser e traz informações diferenciadas de satélites convencionais, pois podem medir a altura das arvores e também detectar a forma do terreno, ou seja, informações fundamentais para que a estimativa de biomassa seja mais precisa. Essa é uma tecnologia diferencial no CADAF, onde seus dados servirão para comparar com os dados coletados pelo Veículo Aéreo Não Tripulado (VANT)”.

Com a utilização dos dados LIDAR, Celes chegou a conclusão de resultados que contribuem para os estudos sobre a dinâmica do carbono, que é o objetivo do projeto. “Em primeiro, podemos ver que a tecnologia LIDAR tem a capacidade de mapear a topografia do solo como se tivesse retirado sua vegetação, assim pudemos medir a topografia feita em campo com as do LIDAR. Segundo, conseguimos verificar, com precisão, a diferença entre a altura da vegetação em áreas conhecidas como baixio e platô. E finalmente, após essas comparações, pudemos estimar a biomassa em grupos separados (como clareiras e grupo de árvores) e com essas parcelas, conseguimos extrapolar a estimativa de carbono para toda a área de imageamento feito com o LIDAR”, conclui o doutorando.

Segundo o coordenador do Projeto CADAF,pelo Inpa e representante do Brasil Niro Higuchi, estima-se no estado do Amazonas um número de 160 toneladas de carbono por hectare, com a margem de erro de 10 toneladas.

Balanço geral

Ainda nesta manhã, foram ministradas palestras sobre o componente sensoriamento remoto do Projeto CADAF e VANT: Aplicações no Sensoriamento Remoto, dando encerramento ao último dia do seminário.

Para Higuchi, os três dias de seminário foram proveitosos e positivos. “Esse projeto foi planejado com objetivos claramente definidos e os participantes do projeto têm isso claramente na cabeça, o que facilita a comunicação com o público e com os contribuintes brasileiros e japoneses na missão do projeto. Avançamos muito e nossos resultados são muito próximos de definitivos. Em 2014, no encerramento do projeto, estaremos com o produto final bem acabado e teremos um produto novo para passar ao público e aos contribuintes”, conclui.

Projeto CADAF

O projeto CADAF é parte do programa de cooperação bilateral entre Brasil e Japão, representado pela Agência Brasileira de Cooperação (ABC) do Ministério das Relações Exteriores e a Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA, em inglês). O Projeto CADAF foi aprovado em abril de 2010 com término previsto para março de 2014. O objetivo é desenvolver técnicas de avaliação, em grande escala, da dinâmica do carbono na floresta amazônica. O CADAF deu continuidade às atividades de campo do Pronex, encerradas em dezembro de 2011 e é parte integrante do Inventário Florestal Contínuo do Estado do Amazonas.

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