Projeto fronteira destaca conhecimento científico para desenvolvimento da região do Alto Rio Negro
“O desenvolvimento sustentável da região depende do avanço do conhecimento cientifico”, disse o pesquisador do Inpa Wanderli Tadei
Por Fernanda Farias
São Gabriel da Cachoeira (AM)
Durante a tarde desta quarta-feira (18), dando continuidade ao “lll Workshop do Projeto Fronteira”, o coordenador do Projeto Fronteira e pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), Wanderli Tadei, ministrou uma palestra sobre a Ação Científica Nacional da Amazônia Brasileira que o projeto realizou durante o ano de 2007 a 2012.
De acordo com Tadei, o projeto ao longo dos cinco anos priorizou estudar a biodiversidade de São Gabriel da Cachoeira e Santa Isabel do Rio Negro, ambos no interior do Amazonas, além de promover a capacitação das comunidades com cursos e treinamento de todas as áreas envolvidas do projeto.
“As atividades realizadas pelos pesquisadores levaram em conta as peculiaridades da região que é uma região sensível em relação as suas fronteiras por questões de guerrilha e tráfico, além que tem uma das maiores diversidade étnicas do Estado e se localizar próxima as nascentes de rios que ainda são intocadas”, explicou o coordenador.
Para o representante do Comando Militar da Amazônia (CMA), Eduardo Torres, o instituto vem agregando valor na geração de renda da região. “Toda pesquisa é importante para que haja desenvolvimento numa região e o Inpa vem contribuindo grandemente com a região do Alto Rio Negro, pois com a pesquisa é possível verificar as maiores deficiências da região e assim procurar soluções mais eficazes para promover o desenvolvimento sustentável”, comentou.
Lançamentos e publicações
Durante os cinco anos atuando na região do Alto Rio Negro, os pesquisadores envolvidos no projeto conseguiram reunir conhecimentos sobre a biodiversidade da região, publicados em 19 obras. Nesta quarta-feira (18) ocorreu o lançamento em São Gabriel das publicações, dentre elas o livro “Desvendando as fronteiras do conhecimento na região amazônica do Alto Rio Negro” que faz parte do projeto.
Nesta quinta-feira (19) as atividades continuam durante todo o dia na sede da Universidade do Estado do Amazonas (UEA), debate e a mesa-redonda “O meio ambiente físico e a agrobiodiversidade”, mediada pela coordenadora executiva do Projeto Fronteira, Elizabeth Gusmão.
Redes Sociais