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Circuito da Ciência: ferramenta para divulgação científica e conscientização ambiental

  • Publicado: Sexta, 30 de Agosto de 2013, 20h00
  • Última atualização em Quinta, 23 de Abril de 2015, 09h04

 

Todas as atividades do Circuito buscam usar diversos recursos, simples e lúdicos, para despertar interesse de crianças e jovens pela produção científica e assim popularizar a ciência no estado

Por Clarissa Bacellar

Na manhã deste sábado (31), o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) realizou a sexta edição do Projeto Circuito da Ciência em 2013. O evento tem como objetivo levar o conhecimento científico para as comunidades e popularizar a ciência.

Geralmente todo final de mês, a partir de março, o Bosque da Ciência - localizado na Rua Otávio Cabral, Bairro Petrópolis, Zona Centro Sul de Manaus (AM) - recebe cerca de 300 estudantes das escolas municipais e estaduais amazonenses para participar do evento. Por meio de estandes e outras atividades que exemplificam temas de trabalhos de pesquisa desenvolvidos pelo Instituto ou por seus parceiros, os jovens podem acompanhar e aprender sobre projetos científicos de várias instituições, além de interagir com o meio natural amazônico que o Bosque oferece.

Uma das expositoras desta edição, a pesquisadora da Coordenação de Pesquisas em Clima e Recursos Hídricos (CPCR), do Inpa, Domitila Pascoaloto, traz várias amostras de água de diversos lugares, como o Rio Negro, Igarapé do 40, além de outros igarapés (curso d'água) e lagos.

2013 - Ano Internacional de Cooperação pela Água

No Ano Internacional de Cooperação pela Água, Pascoaloto chamou a atenção dos jovens e crianças para os problemas com a poluição, como reconhecer e evitar seu consumo, que pode ser prejudicial à saúde tanto em curto quanto em longo prazo. “É uma coisa que está inseminada na cabeça das pessoas. Uma água boa, pura, é aquela sem cor, sem odor. Então eles não conseguem entender que o Rio Negro, dependendo do caso, do meio da floresta, por exemplo, é muito mais saudável tomar essa água, do que vir aqui na cidade em um poço de 12 metros e beber aquela água, que aparentemente está limpinha. As pessoas confundem a cor com sujeira”, enfatizou a pesquisadora.

Para a estudante da Escola Estadual Cid Cabral da Silva (bairro Cidade Nova), Rebeca Silva, 14, ver o que aprende na escola ser colocado em prática e entender o que acontece com o meio ambiente é um dos diferenciais que o Circuito oferece. “É muita informação oculta, que não passa na televisão, dificilmente tem no livro e que agora eu estou conseguindo obter. É uma iniciativa muito boa para a gente que não sabia disso tudo, como a poluição dos rios. O lago mais bonito é o mais poluído e o rio que aparenta ser realmente poluído, na verdade é um dos melhores, o que surpreende”, destacou.

Legado do Circuito

O Circuito conta com a organização e coordenação de Jorge Lobato, que também coordena o Bosque da Ciência, Ney Amazonas e Ivan Araújo.

Para Ney Amazonas, que realiza o primeiro contato com os estudantes na semana que antecede o evento, para explicar a dinâmica a ser realizada no dia, esclarecer para os jovens que o circuito se trata de uma aula diferenciada é crucial. “Eu deixo bem claro pra eles o papel deles aqui, o que vão fazer, que virão para uma aula a céu aberto, onde vão ter contato com pesquisadores, técnicos, universitários, e que vão ter uma gama de informações disponíveis para eles terem certeza que virão aqui para aprender um pouco mais, mas de uma forma agradável e divertida”, informa.

E, de acordo com Ivan Araújo, as atividades desenvolvidas são fundamentais para o entendimento dos jovens sobre como funciona o meio ambiente, além de despertar vocações. “É importante para a visão deles. Eles não têm contato com a fauna livre, com a flora, no dia a dia. Ficam maravilhados com tudo e alguns até chegam a falar em possibilidades no futuro. Eles não têm uma meta, uma ideia de profissão no futuro e geralmente você encontra três, quatro, que participam aqui e já dizem que querem ser biólogos. Eu não sei se é por causa desse momento que estão vivenciando, mas abre uma perspectiva pra eles de profissão futura, o que é gratificante”, afirma.

O Circuito da Ciência é uma realização do Inpa com patrocínio da PETROBRAS e MOTO HONDA DA AMAZÔNIA e com o apoio do Governo do Estado do Amazonas (SEDUC), Prefeitura de Manaus (SEMED, SEMULSP, SEMMAS), LAPSEA, Associação dos Servidores do Inpa (Assinpa), SESC, Universidade Federal do Amazonas (Ufam), Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Faculdade Metropolitana de Manaus (Fametro), Universidade Nilton Lins (UNINILTONLINS), Faculdade Literatus (UNICEL), Centro Universitário do Norte/ Laureate Internacional (UNINORTE), Magistral e Brothers.

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