Inpa discute cooperação internacional para criação de museus naturais no AM
Detalhes do acordo com a Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA) começaram a ser debatidos nesta segunda-feira (26) com a visita técnica dos representantes japoneses ao Inpa
Por Daniel Jordano
Durante esta semana representantes do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) e da Agência de Cooperação Internacional do Japão (JICA) debaterão os detalhes técnicos finais de uma cooperação internacional para a criação de três museus naturais para a biodiversidade no Amazonas (AM). A ideia é fazer com que o Bosque da Ciência, Jardim Botânico Adolpho Ducke (ambos em Manaus/AM) e a área de pesquisa do Inpa localizada na BR 174, a ZF 2 (km 60), façam parte do projeto.
De acordo com a pesquisadora do Laboratório de Mamíferos Aquáticos (LMA) do Inpa e responsável pela parceria, Vera Silva, o objetivo é trazer um novo conceito de museu. “O museu é a própria floresta, é o estudo da biodiversidade. Nós vamos trabalhar com as áreas de reserva do Inpa e também no Bosque da Ciência e no jardim botânico Adolpho Ducke em parceria com o Museu da Amazônia. Será montada uma infraestrutura para buscar informações, imagens e sons do que existe na floresta para o público de maneira interativa com mais tecnologia”, explica.
De acordo com a pesquisadora, torres serão instaladas nas três áreas para a captação dessas imagens e sons da floresta. Silva afirma ainda que os museus ajudarão os pesquisadores a obter informações sobre a dinâmica florestal. “Ao invés de você ter o acervo em uma sala fechada, nosso acervo estará na floresta e isso faz com que essas áreas sejam conservadas porque vamos passar a conhecer mais cada aspecto que envolve essa região”, disse.
Nesta segunda-feira (26) os representantes da Jica participaram de uma reunião com a direção do Inpa e, segundo o diretor substituto do Instituto Estevão Monteiro, o acordo prevê capacitação de pessoas para o ecoturismo. “Nossa expectativa é contribuir mais com a sociedade capacitando as pessoas em relação ao sistema amazônico. Nessa fase há a discussão de detalhes técnicos, mas o caminho já está consolidado”, afirmou.
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