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Inpa começa ano de 2015 com mais seis depósitos de pedidos de patentes no Inpi

  • Publicado: Quarta, 21 de Janeiro de 2015, 10h46
  • Última atualização em Terça, 24 de Março de 2015, 10h34

 

Foto: Luciete Pedrosa/Inpa

Dentre os novos pedidos de patentes requeridos pelo Inpa está uma viga compósita.

 

O Inpa dispõe de uma lista de oferta tecnológica à disposição do empresariado interessado em produzi-las industrialmente. Ao todo o Inpa tem 71 pedidos de depósitos de patentes, totalizando 175 produtos e processos registrados.

 

Por Luciete Pedrosa – Ascom Inpa

O Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) começou o ano de 2015 com seis pedidos de depósito de patentes junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (Inpi). Os pedidos de patentes são resultados de quatro pesquisas nos campos da nutrição, tecnologia e engenharia de alimento; além de uma invenção que está relacionada às áreas das engenharias civil e de materiais; e uma outra tecnologia associada aos setores da farmácia, da medicina e da fitoquímica.

Ao todo, o Inpa tem 71 pedidos de depósitos de patentes, totalizando 175 produtos e processos registrados. “O Instituto dispõe desse total se considerarmos que um pedido gera, muitas vezes, mais de um produto, novos processos, composições e métodos”, explica a titular da Coordenação de Extensão de Tecnologia e Inovação (Ceti) Rosangela Bentes.

O Inpa dispõe de uma lista de oferta tecnológica que está à disposição do empresariado interessado em produzi-las industrialmente. “Temos um portfólio de tecnologias disponíveis para as empresas desenvolverem e explorarem comercialmente”, ressalta Bentes.

Para a coordenadora, acessar tecnologias oriundas de pesquisas é certamente um grande diferencial para as empresas. “É isso que o governo incentiva: que tais tecnologias sejam acessadas ou demandem por pesquisas, que possam ser desenvolvidas, de forma pontual e estratégica, para disponibilizar produtos inovadores atrelados à pesquisa”, destaca Bentes.

De acordo com ela, o Instituto realiza a pesquisa e torna-se necessário que empresas desenvolvam tais resultados, possibilitando a caracterização da Inovação pelas mesmas. Ela explica que o processo é rápido de ser realizado. “Depende, apenas, do entendimento do acordo de transferência para a exploração”, ressalta a coordenadora. 

Segundo Bentes, é do interesse do Inpa e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI)   informar à sociedade e ao empresariado que o Instituto está disponibilizando essas tecnologias para que possam ser desenvolvidas por um empreendedor já consolidado no mercado ou até mesmo por aquele que queira criar uma empresa e desenvolver um produto, fazendo com que essas inovações cheguem ao mercado. 

Patentes 

Dentre os novos pedidos de patentes requeridos pelo Inpa está uma invenção para uso na construção civil. Trata-se de uma viga compósita combinada com duas camadas de materiais diferentes cuja finalidade é prover soluções construtivas de grande flexibilidade de aplicação, aliada às vantagens como: redução de vibrações, maior estabilidade e elevada ação compósita. A configuração da viga compósita proporciona o aumento da resistência mecânica com menor quantidade de conectores, promovendo, assim, maior economia ao sistema.

Outra invenção é uma composição alimentícia funcional - aqueles que oferecem vários benefícios ao organismo e ajudam a prevenir ou reduzir o risco de algumas doenças -, à base do extrato de uma planta que confere ao produto final propriedades farmacológicas com capacidade de prevenção ou tratamento da úlcera gástrica e a constipação estomacal;

Também consta no rol de pedidos de patentes uma espécie de lanchinho saudável produzido à base de frutos da Amazônia, também conhecido por “snacks”; além de um cereal matinal, também, fabricado com frutos da região; e um iogurte funcional, elaborado a partir de um vegetal com potencial antioxidante e atividade anti-inflamatória.

Além destas tecnologias, também foi produzida pelos pesquisadores do Inpa uma invenção à base de uma planta para fabricação de um composto com funções antimicrobiana para o tratamento da tuberculose.

Proteção

Bentes explica que todas estas invenções produzidas pelo Inpa são resultados de vários anos de pesquisas, são novas no mercado e estão protegidas a partir do momento em que os pedidos de patentes são depositados junto ao Inpi - autarquia federal responsável pela concessão e garantia de direitos de propriedade intelectual no Brasil.

A coordenadora da Ceti explica, também, que a patente é uma forma de resguardar um conhecimento de forma que possa ser desenvolvido com segurança evitando a concorrência desleal, além de mostrar que a instituição tem tecnologia com resultados inovadores.

Atuação

A Coordenação de Extensão de Tecnologia e Inovação (Ceti/Inpa) atua com amplas linhas de ação de interface entre a pesquisa, que está sendo desenvolvida no laboratório, e a transferência desse conhecimento para o setor produtivo e econômico que o levará ao mercado. Atua ainda no sentido de identificar e captar interessados e possíveis parceiros para interagir com o Instituto no desenvolvimento de uma pesquisa em conjunto.   

Dentro da atuação estratégica para promover a Inovação, a Ceti conta com uma incubadora de empresas que visa estimular o empreendedorismo e o desenvolvimento de novos produtos e processos, sobretudo as empresas que acessam tecnologias desenvolvidas pelo Inpa. 

Empresas Incubadas

A incubadora do Inpa possui quatro empresas incubadas, outras cinco empresas foram selecionadas, no final  do ano de 2014, totalizando assim nove empresas, sendo quatro residentes e cinco não-residentes, são elas:  Hdom Engenharia e Projetos Ambientais; Amazônia Socioambiental; Delicatessem Pescado; Néctar Frutos da Amazônia; Silv Florestal, Original Trade; Intellectus Gestão da Inovação; FRMarketing Research; e  Drogaria Fortaleza.

Quatro tecnologias desenvolvidas pelo Inpa já foram transferidas para empresas – a farinha de pupunha integral (comercializada pela empresa Néctar Frutos da Amazônia); o purificador de água Ecolágua (para a empresa Qluz Ecoenergia); o processo de obtenção da Zerumbona isolada dos óleos essenciais das raízes dezingiber I. Smith; e a composição farmacêutica do extrato de zingiber zerumbet(estas duas últimas produzidas à base de gengibre amargo) foram transferidas para a empresa Biozer da Amazônia.

 

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