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Pesquisadores do Inpa participam de elaboração de documento sobre importância de áreas úmidas

  • Publicado: Terça, 26 de Março de 2013, 20h00
  • Última atualização em Quarta, 22 de Abril de 2015, 09h02

 

O documento é uma forma de proporcionar conhecimento e dar visibilidade as áreas úmidas, além de servir como abertura para discussões sobre o assunto

Por Raiza Lucena

Cientistas de todo o Brasil se reuniram na elaboração de um documento intitulado “Definição e Classificação das Áreas Úmidas (AUs) Brasileiras: Base Científica para uma Nova Política de Proteção e Manejo Sustentável” para definir o conceito de áreas úmidas e alertar para os riscos que essas áreas vêm sofrendo.

No grupo composto por especialistas de alto nível chamado de “Grupo de Peritos em Áreas Úmidas (AUs) Brasileiras”, três pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) contribuíram com suas pesquisas e com a elaboração do documento, sendo eles: a vice coordenadora do INCT ADAPTA, Maria Teresa Piedade; Jochen Schögart e Florian Wittmann, pesquisadores do Instituto Max-Planck de Química de Maiz, sediados no Inpa; além do pesquisador-colaborador do Instituto, Wolfgang Junk, coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Áreas Úmidas (INAU).

“Sentimos a necessidade de compilar as informações disponíveis sobre as áreas úmidas brasileiras e verificamos que também faltam algumas informações fundamentais. O ponto principal seria a definição de área úmida, depois o segundo ponto importante, é a delimitação dessas áreas”, explica Junk sobre a necessidade de se elaborar o documento.

Áreas úmidas

Segundo o documento divulgado (versão resumida), as áreas úmidas podem ser definidas como ecossistemas na interface entre ambientes terrestres e aquáticos, continentais ou costeiros, naturais ou artificiais, permanentemente ou periodicamente inundados por águas rasas ou com solos encharcados, doces, salobras ou salgadas, com comunidades de plantas e animais adaptadas à sua dinâmica hídrica. No Amazonas, as áreas de várzea e igapós são exemplos.

Entre os benefícios das áreas úmidas ligados diretamente ao meio ambiente e à qualidade de vida da sociedade, está ao fato de que elas proporcionam a recarga de aquíferos, a purificação e fornecimento da água, a regulagem do microclima, o ecoturismo, além da estocagem periódica de água e sua lenta devolução para os igarapés, córregos e rios conectados (efeito esponja), reduzindo os perigos de enchentes e secas, problemas comuns no Brasil, inclusive na região amazônica.

Tendo como maior ameaça a falta de uma legislação específica que regule sua proteção, as áreas úmidas estão sendo extintas e merecem atenção para a sua preservação e um consenso para seu uso de forma sustentável. “O ideal seria que houvesse uma definição do uso e posse das áreas úmidas em nível federal, para que todos os estados possam se configurar a essas normas, além de introduzir a importância e os conceitos ligados a esses ambientes junto à sociedade por meio de uma efetiva educação ambiental”, atenta a pesquisadora Maria Piedade.

Os documentos podem ser encontrados na versão completa e na versão resumida.

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