Science Camp: Oficinas científicas realizadas por pesquisadoras do Inpa estimulam a participação da mulher na ciência
Divididas em grupos, as 90 jovens conheceram estudos exercidos por pesquisadoras em vários campos da ciência
Por Clarissa Bacellar
Durante a tarde desta terça-feira (05), as estudantes selecionadas do programa “Science Camp- Elas na ciência”, parceria do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) e da Embaixada dos Estados Unidos no Brasil, conheceram pesquisas desenvolvidos no Instituto sobre ecofisiologia, malária e dengue, nutrição, bioprospecção, as coleções de vertebrados e invertebrados e os mamíferos aquáticos em oficinas ministradas por pesquisadoras do Instituto.
A estudante mineira Maria Raquel, 17, inscrita na oficina extra de nutrição comenta seu interesse em participar na área de científica. “Eu participei de um programa antes de vir para o Science Camp, o Jovens Embaixadores, e fui até a fase final. Como meu nome ficou na secretaria de educação de Minas Gerais, então todos os projetos que são organizados pelo governo, de agora em diante eles vão me chamar. E eu fiz todo o processo, inscrição, autorização dos pais e então mandaram a notícia que eu consegui. Sempre gostei e sempre tive vontade de fazer algo do tipo e fiquei muito feliz quando soube que viríamos”, afirmou.
Educação ambiental
Segundo a bióloga e educadora da Associação Amigos do Peixe-boi (Ampa), Izabel Reis, que ministrou parte da oficina sobre mamíferos aquáticos, a atividade e debate sobre participação da mulher na ciência é um ponto positivo para a multiplicação do conhecimento. “É preciso despertar o interesse e sensibilizar por essas questões ambientais. Essas meninas aqui, de diferentes Estados, que hoje podem conhecer um pouco da nossa realidade amazônica, todos os avanços e até mesmo as ameaças que as espécies vêm sofrendo é de grande interesse. Elas não apenas se sensibilizaram pela causa, mas quiseram de alguma forma ajudar, ser um agente multiplicador e passar essa informação adiante”, disse.
A educadora lembra ainda que a ciência exige dedicação e foco: “Nesse ramo, muitas vezes você tem que deixar de estar com seus amigos e parentes e se deslocar para lugares distantes. Não é um pensamento individualista. É você conseguir ampliar a mente e pensar como um todo, pensar no que você pode fazer não apenas de bem para você, mas principalmente para o bem comum. Se o que se busca e acredita é uma melhor convivência entre o homem e natureza, a gente tem que buscar isso”.
Na quarta-feira (6), as atividades continuam na Reserva Florestal Adolpho Ducke e também na sede do Inpa em Manaus (AM). Um passeio de barco esta programado para quinta-feira (7), além de uma programação cultural no Teatro Amazonas. Já no último dia, sexta-feira (8), as estudantes apresentarão suas impressões sobre a experiência.
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