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Estudo revela que árvores mortas no Amazonas não são devidamente contabilizadas no balanço de carbono

  • Publicado: Terça, 29 de Janeiro de 2013, 20h00
  • Última atualização em Segunda, 20 de Abril de 2015, 11h01

 

Cinco pesquisadores ligados ao curso de pós-graduação em Ciências de Florestas Tropicais do Inpa participaram do estudo que foi publicado nesta semana na revista científica americana PNAS

Da redação da Ascom

Um estudo desenvolvido por pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) e pelo cientista Jeffrey Chambers, do Laboratório Nacional de Berkeley (EUA), revelou que entre 9,1 a 16,9% da mortalidade de árvores no Amazonas é omitida em análises convencionais, que são baseadas apenas em inventários florestais. Na prática, segundo o estudo, árvores mortas não são devidamente contabilizadas no balanço de carbono.

A pesquisa foi publicada na revista científica Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS). O estudo foi liderado pelo pesquisador Jeffrey Chambers e teve como coautores  Niro Higuchi, Alan Di Vittorio, Robinson Negron-Juarez, Daniel Marra, Joerg Tews, Dar Roberts, Gabriel Ribeiro e Susan Trumboree. Destes, cinco pesquisadores são ligados ao curso de pós-graduação em Ciências de Florestas Tropicais (CFT) do Inpa.

O artigo é baseado em estudos realizados em uma área de mais de 1500 km2 nas proximidades de Manaus (AM) e combinou imagens de satélite de uma série histórica de mais de 20 anos e trabalhos de campo. Com as informações foi desenvolvido um modelo de simulação.

A finalidade era aumentar o que os cientistas chamam de “grau de perturbação” em termos de mortalidade da queda de uma árvore individual a uma grande clareira provocada por uma tempestade, como a que ocorreu em 2005 na Amazônia.

De acordo com o artigo os estudos demonstraram que “para entender o papel da floresta amazônica nas trocas gasosas entre biosfera e atmosfera, as informações precisam ter escala espacial e temporal e não há como entender este papel sem a combinação de trabalhos de campo e sensoriamento remoto”. O artigo menciona também que as imagens de satélite cobrem grandes áreas, mas não oferecem a precisão necessária; ou seja, os trabalhos de inventário têm precisão, mas não tem escala (espacial).

Mudanças

Para o pesquisador do Inpa, Niro Higuchi, a região precisa se preparar para possíveis mudanças no ambiente. “Diante das mudanças climáticas globais, a Amazônia tem que se preparar para as devidas adaptações. Para isto, é preciso dimensionar as vulnerabilidades da região, quando submetida a eventos catastróficos como tempestades severas e secas prolongadas, além das intervenções antropogênicas (humanas)”, afirmou.

Ainda segundo os autores do artigo, “como é bem provável que as mudanças climáticas pretéritas continuem causando tempestades e secas cada vez mais intensas no presente e no futuro, o entendimento dos seus efeitos sobre as florestas tropicais se torna imprescindível”.

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