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Inpa apresenta trabalhos desenvolvidos com peixes elétricos no I Workshop do Laboratório de Fisiologia Comportamental e

  • Publicado: Quarta, 10 de Dezembro de 2014, 20h00
  • Última atualização em Segunda, 20 de Abril de 2015, 10h42

 

O objetivo principal do evento é divulgar as pesquisas em andamento no laboratório. Além disso, pretende-se fazer com que o LFCE se reafirme como referência para as demais instituições de pesquisas que trabalham com biodiversidade de peixes, ecotoxicidade e contaminação ambiental

Por Luciete Pedrosa – Ascom Inpa

Nesta sexta-feira (12), o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), por meio da Coordenação de Biodiversidade (Cbio), realiza o I Workshop do Laboratório de Fisiologia Comportamental e Evolução (LFCE). O evento, que acontecerá no Auditório da Ciência, das 8h às 18h, tratará dos trabalhos de pesquisa que estão em desenvolvimento pelos alunos de graduação, mestrado e doutorado vinculados ao laboratório.

O evento está sendo coordenado pelo pesquisador José Antonio Alves Gomes, doutor em Biologia Marinha, líder do LFCE. De acordo com um dos organizadores do evento, o estudante de doutorado do Inpa, Isac Silva de Jesus, o workshop tem como objetivo principal divulgar as pesquisas em andamento no LFCE. Além disso, pretende-se fazer com que o laboratório se reafirme como referência para as demais instituições de pesquisas que trabalham com biodiversidade de peixes, ecotoxicidade e contaminação ambiental.

O doutorando ressalta a importância desse evento em demonstrar que os peixes elétricos são muito mais do que apenas o poraquê (Electrophorus electricus), que é o mais conhecido, podendo chegar a dois metros de comprimento. “Estes peixes são muito versáteis, não só para se admirar a sua capacidade em emitir descargas elétricas, mas também para mostrar que podem ser usados como modelos-animais para avaliar a qualidade dos ambientes aquáticos”, disse Jesus.

Na América Latina existem cerca de 214 espécies de peixes elétricos, sendo que apenas o poraquê é capaz de produzir uma descarga elétrica de até 600 Volts, suficiente para matar um cavalo. “As outras 213 espécies produzem descargas elétricas mais fracas que variam entre menos de 1 Volt e 5 Volts, o que não conseguimos sentir, então eles passam despercebidos como peixes elétricos”, explica o doutorando.

O LFCE trabalha com a evolução dos peixes elétricos, observando-se a relação entre as diferentes espécies, os graus de proximidade e, também, tentando descobrir novas espécies que estão ocultas sob um mesmo nome e que alguns dados genéticos têm mostrado que podem ser mais de uma espécie.

Além disso, o laboratório também realiza pesquisas com toxidade e contaminação ambiental, onde é observada a tolerância que os peixes elétricos têm a diferentes tipos de contaminantes, dentre eles o agrotóxico, como o glifosato (um herbicida); os próprios efluentes urbanos de esgotos domésticos e industriais, que contaminam os igarapés da cidade; e os derivados de petróleo (gasolina e óleo diesel).

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