Última edição do Circuito da Ciência atrai 300 crianças para o Bosque do Inpa
Alunos puderam aprender sobre diversos temas da região, como mamíferos aquáticos; malária e dengue, além poderem caminhar pelas trilhas
Texto: Juan Matheus/Colaborador Inpa
O Bosque da Ciência do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) realizou na manhã desta sexta-feira (5) a última edição de 2014 do Projeto Circuito da Ciência. Aproximadamente 300 alunos puderam conhecer mais de perto o trabalho desenvolvido dentro do instituto, através de oficinas e exposições.
A abertura do evento que antes tinha o auditório do Bosque como local fixo, dessa vez foi realizado em meio a Ilha da Tanimbuca, sombreados pela grande árvore que batiza a ilha, de onde é possível observar vários animais da fauna amazônica, como peixes e alguns quelônios. O coordenador do Bosque da Ciência, Jorge Lobato, destacou a importância da visita dos quase três mil jovens no projeto durante o ano de 2014.
“É preciso sempre lembrar que o projeto é necessário e imprescindível, pois além de aproximar a sociedade e incluí-la dentro da ciência, auxilia numa mudança de comportamento e da relação dessas pessoas com o meio ambiente que residem e consequentemente com todos que venha a encontrar”, frisou Lobato.
Com apenas 10 anos de idade, o estudante Max Cleiton não conseguia disfarçar a ansiedade por observar pela primeira vez larvas do mosquito da dengue com o auxílio de um microscópio. “Foi muito legal, eu nunca tinha visto tão de perto essas larvas e achei muito interessante saber como elas se tornam o mosquito que transmite a dengue”, comentou.
Durante as atividades no Bosque, os alunos puderam aprender sobre diversos temas da região, como mamíferos aquáticos; malária e dengue; leishmaniose; invertebrados terrestres vivos; insetos aquáticos; jogos educativos; herbário e carpoteca, além poderem caminhar pelas trilhas.
Mas nem só os alunos ficaram encantados e impressionados, a professora de ciências naturais, Eligelma Torres, da Escola Estadual Alfredo Fernandes, ficou muito nervosa ao poder segurar pela primeira vez uma aranha. Após o susto inicial, a coragem da professora foi estopim para os alunos também se aventurarem.
“Com certeza essa experiência é melhor que os slides que passo em sala de aula mostrando os animais. Aqui eles podem ao vivo e se interessarem mais. E mais, além da oportunidade estar mais próximo, essa visita pode fazer nascer dentro de alguns a vocação para a área cientifica”, disse a professora.
O Projeto Minhas Mãos, ligado a entidades filantrópicas de Manaus, trouxe alunos da Sociedade Pestalozzi do Amazonas para mostrar aos alunos como é feito o papel reciclado. O coordenador do grupo, Haroldo Ayres, explicou que o projeto além de ter uma identidade ecológica (utiliza santinhos de eleições como matéria prima) também é inclusivo. “O programa atende todos os tipos de públicos, em especial o grupo Pestalozzi, utilizamos a reciclagem como terapia”.
15 anos de circuito
O projeto Circuito da Ciência comemora 15 anos de existência com um total de 58 mil visitas de estudantes de escolas públicas da capital amazonense. De acordo com Lobato, esse é um resultado expressivo que mostra como a popularização da ciência com estudantes de vários lugares de Manaus é uma tarefa essencial para a formação socioambiental dos jovens cidadãos.
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