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Desafios e potencialidades para erradicação da pobreza são apresentados em evento da ABC no Inpa

  • Publicado: Quarta, 03 de Dezembro de 2014, 20h00
  • Última atualização em Segunda, 20 de Abril de 2015, 10h34

 

 


Na composição da mesa de abertura estava o diretor do Inpa Luiz Renato de França.

“O que foi importante nas duas primeiras palestras é que a ciência tem limites, mas pode orientar as políticas públicas. Acesso à alimentação é uma questão política não é uma questão científica”, afirmou o pesquisador do Inpa, Charles Clement

Por Josiane Santos – Agência Fapeam

Foto Fernanda Farias – Ascom Inpa

“A comunidade científica reunida aqui está tentando mostrar quais são as potencialidades que a ciência pode resolver e como orientar as políticas públicas para enfrentar os grandes desafios”, justificou Charles Clement sobre o objetivo da “Conferência para a Erradicação da Pobreza e Desenvolvimento Sustentável: um chamado para a Ação” que acontece até esta sexta-feira (5) no Auditório da Ciência no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) em Manaus (AM).

O evento conta com a participação de cientistas de várias partes Brasil e do mundo. É organizado pela Academia Brasileira de Ciência (ABC), em parceria com a Academia Nacional de Medicina (ANM) e o Comitê pela Erradicação da Pobreza da Rede Global de Academias de Ciências (IAP). Confira a programação aqui.

Charles Clement, pesquisador do Inpa e relator da primeira sessão que discutiu sobre “Ciência para segurança alimentação: enfrentando o desafio de alimentar o mundo”, resumiu ações apresentadas, que contou com as palestras de Linxiun Zhang, vice-diretora do Centro Chinês para Políticas de Agricultura (CCAP) da Academia de Ciências da China (CAS); Alan Jorge Bojanic Helbingen, representante da Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO/Brasil), e por último Joachim Schielmann, membro da Comitê Executivo da Sociedade Internacional para Pesquisa de Biossegurança (ISBR).

“O que foi importante nas duas primeiras palestras é que a ciência tem limites, mas pode orientar as políticas públicas. Acesso à alimentação é uma questão política não é uma questão científica. A terceira palestra foi sobre algumas opções científicas e tecnológicas para aumentar produtividade e a qualidade dos alimentos aí sim com a participação da ciência”, explicou Clement.

Segundo Alan Bojanic (FAO/Brasil), a agricultura familiar no Brasil representa aproximadamente 5 milhões de unidades produtivas e o desafio é como combinar a produção de alimentos com uma agricultura ecologicamente amigável e sem ocasionar grande impacto. Na sua opinião, é necessário complementariedade da agricultura familiar e o agronegócio e conhecer o papel de cada um no processo.

“A ideia é como podemos fortalecer a prática extrativista com produção de alimentos e temos muitas boas notícias. A exemplo o caso do açaí, uma palmeira que não tinha muito uso e hoje é conhecido internacionalmente, consumido na Europa e Estados Unidos e ainda pratica a extração tradicional”, ressaltou.

Apoio

Criado em 2013, o Comitê pela Erradicação da Pobreza da Rede Global de Academias de Ciências é presidido pela ABC e tem por objetivo debater estratégias visando engajar as Academias de Ciências do planeta nos esforços em prol da erradicação da pobreza e do desenvolvimento sustentável.

São parceiros no evento: Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), Programa Hidrológico Internacional (IHP-Unesco), Organização Mundial da Saúde (OMS), Conselho Internacional de Ciências Sociais (ISSC), Rede de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável (SDSN-UN) e Agência Brasileira da Inovação (Finep).

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