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Projeto Circuito da Ciência do Inpa une brincadeira e aprendizado sobre a biodiversidade

  • Publicado: Quinta, 27 de Novembro de 2014, 20h00
  • Última atualização em Segunda, 20 de Abril de 2015, 10h22

 

 


O estande da SEMMAS, parceira do projeto, aborda temas ecológicos e incentiva a diversão durante o aprendizado.

As experiências proporcionam uma assimilação de aprendizado mais rápida para os alunos que participa, pois as atividades são realizadas de maneira lúdica

Texto e foto: Raiza Lucena/Colaboradora Ascom Inpa

A sala de aula é um ambiente que induz a concentração do estudante em aprender a teoria através dos livros. Entretanto, o contato e a mudança de lugar podem proporcionar um aprendizado muito mais enriquecedor e facilitar a assimilação da teoria na prática. O projeto Circuito da Ciência, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), vem proporcionando há 15 anos a popularização da ciência através da experiência tátil e visual com a natureza proporcionada a cada edição do Circuito.

De uma forma divertida o estande da Secretária Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas), parceira do projeto, aborda temas ecológicos e incentiva a diversão durante o aprendizado. O tapete, que contém uma trilha, é estendido e um dado é jogado, indicando o avanço das ‘casas’. As ‘casas’ do jogo são compostas por fotos e curiosidades de um determinado local ou animal. Nesta edição o tapete temático era sobre o Parque do Mindú.

“Acredito que as crianças são conscientizadas de uma forma divertida. Algumas não gostam de estudar sobre o meio ambiente, acham chato e tentamos fugir do conteúdo tradicional e criamos jogos para a conscientização ambiental” explica o integrante do setor de Educação Ambiental da Semmas David de Sousa.

A aluna Estefany Taiane, da Escola Estadual Padre Pedro Gislany, entrou no Bosque da Ciência pela primeira vez no Circuito e gostou do contato com a natureza e do ambiente proporcionado pelo Instituto. Já a professora de língua portuguesa da Escola Estadual Ana Lúcia de Moraes Costa e Silva Emília Lopes destacou os benefícios que a mudança de ambiente pode trazer para o aluno: “O projeto tira o aluno daquela mesmice de sala de aula. Aqui ele pode ver e tocar, além de ficarem mais participativos e curiosos”, conta.

Outra experiência é do estande do projeto ‘Despertando a Consciência’ de biólogas formadas pelo Centro Universitário do Norte (Uninorte). O trabalho aborda assuntos como desperdício, economia da água e outros que sensibilizam as crianças sobre os problemas ambientais.

Nesta edição o assunto abordado foi o efeito estufa e trouxe como experiência uma caixa com um copo de água que estava iluminado e outro copo fora. As crianças são convidadas a tocarem a água para sentir a diferença de temperatura e recebem a revelação sobre os benefícios do efeito estufa: que é manter uma temperatura amena da Terra, consequentemente garantindo a vida do planeta.

“O excesso de poluição que traz o lado negativo do efeito estufa, isso é o aquecimento global. Tentamos tirar essa ideia de que o efeito estufa é o que causa o mal” relata a bióloga Aline Assam.

Integração é a chave

O Circuito da Ciência conta com parceiros na divulgação de estandes que abordam a questão ambiental. A integração entre Instituto, empresas e instituições constitui em uma maior ação para a popularização do conhecimento e o despertar da educação ambiental desde o ensino básico. Um exemplo de parceria é a Honda, que há quinze anos está presente no Projeto.

“Essa parceria nos dá orgulho, pois vemos a alegria das crianças de estarem conhecendo algo mais fora da sala e ainda mais ligado com o meio ambiente”, conta o supervisor de Gestão Ambiental da Honda, Irineu Ribeiro.

O Circuito da Ciência se encerra na próxima sexta-feira (5) completando dez edições este ano. Nesta edição foram cerca de 250 visitantes oriundos da Escola EstadualPadre Pedro Gislandy (Compensa 1),Escola Estadual Professor Demostenesde Araújo (Jorge Teixeira),Escola Estadual ProfessoraAna Lucia de Moraes Costa e Silva (Terra Nova) eEscola Estadual Doutora Zilda Arns Neumann (Cidade Nova). A expectativa é que o ano se feche com 2.800 visitantes só pelo Circuito.

Segundo o coordenador do Bosque da Ciência Jorge Lobato, o projeto cada vez mais consolida a popularização da ciência. “O importante do Circuito é a reafirmação do Inpa na integração das escolas, principalmente da periferia de Manaus, vindo ao encontro da ciência. Vamos fechar o ano muito contentes por conseguirmos envolver um maior número de escolas que nunca tiveram oportunidade de vir ao Inpa, principalmente as dos interiores”, afirmou.

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