Especialistas discutem os 10 anos da política de inovação no Brasil em workshop do Inpa
“Inovação é um tema caro para o nosso ministério, mas é fundamental para o desenvolvimento do país”, afirma o coordenador geral das unidades de pesquisas do MCTI, Kayo Pereira
Texto : Luciete Pedrosa /Ascom Inpa
Especialistas de todo o Brasil discutem a trajetória e os avanços ocorridos durante os 10 anos da implantação da política institucional de fomento à inovação, bem como as perspectivas da Lei de Inovação no Brasil. O seminário “Uma Década de Políticas Institucionais de Fomento à Inovação” e o VI Workshop de Inovação Tecnológica das Unidades de Pesquisas do MCTI foram abertos na manhã desta terça-feira (18), no Auditório da Ciência do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), e prosseguem nesta quarta-feira (19).
Participaram da mesa de abertura o diretor do Inpa, Luiz Renato de França; a presidente da Fundação de Fomento e Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), Maria Olivia Simão; o coordenador Geral das unidades de pesquisas, Kayo Pereira; e a coordenadora de Extensão Tecnológica e Inovação (Ceti/Inpa), Rosângela Bentes.
Para o diretor do Inpa, o pesquisador Luiz Renato de França, o Instituto tem avançado com a Lei de Inovação. Segundo ele, a produção científica precisa gerar produtos, desenvolvimento, patentes e também tecnologias sociais. “E o Inpa está desenvolvendo ações nesse sentido”, afirmou o diretor, acrescentando que no Instituto a Coordenação de Extensão Tecnológica e Inovação é atuante e tem essa interação entre a ciência, tecnologia e inovação.
Ainda segundo França, o Inpa já se inseriu na vertente de inovação com a produção de produtos e pedidos de patentes. “Mas é preciso ter consciência plena que estamos ainda muito atrás, quando comparamos o Brasil com outros países”, explica, afirmando que não é preciso correr para fazer o que os outros estão fazendo, mas, sim, fazer o que é importante para o desenvolvimento do país.
“A política de inovação para a região Norte requer cuidados especiais no que diz respeito a sua biodiversidade e ao conhecimento tradicional. Este evento é importante para fazermos um balanço dos 10 anos da política de inovação e começarmos a pensar no planejamento para o futuro”, disse o coordenador geral das unidades de pesquisas do MCTI, Kayo Pereira.
Para o coordenador os avanços alcançados no setor de inovação, nos últimos 10 anos, foi o número de patentes depositados e a estruturação dos Núcleos de Inovação Tecnológicas (NIT) nas unidades de pesquisas do MCTI organizados em quatro arranjos: NIT da Amazônia Ocidental, NIT Amazônia Oriental, NIT Mantiqueira e NIT Rio.
Kayo explica que as estruturas dos NITs já foram formalizadas dentro do MCTI e destaca que o avanço necessário nesse momento é estruturar a política dos recursos humanos dos NITs para enfrentar a temática com mais profundidade e facilitar a integração entre a empresa e os núcleos de inovação. “Estamos num processo de planejamento estratégico no qual esperamos ter um bom horizonte e robustez necessários para expandir essa política, porque inovação é um tema caro para o nosso ministério, mas é fundamental para o desenvolvimento do país”, destacou Pereira.
C,T&I no mercado consumidor
De acordo com Maria Olivia Simão, presidente da Fundação de Fomento e Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), é preciso pensar o papel que as unidades de pesquisas do Ministério da Ciência e Tecnologia e Inovação exercem como força motriz desse movimento de inovação. “Para melhorarmos essa ação de aproximação da pesquisa com o setor produtivo temos que trabalhar numa relação interinstitucional”, disse.
Para a presidente da Fapeam, é preciso também dinamizar mais o cenário para a inovação, buscando olhares experientes do que está acontecendo fora do Estado. “Precisamos desse intercâmbio, e para sermos inovadores temos que estar atentos a todo movimento que está em discussão, tanto no Senado como na Câmara Federal. Precisamos discutir e subsidiar os legisladores para que tomem boas decisões para as mudanças que este país precisa”, acrescentou Simão.
Evento
A coordenadora da Ceti, Rosangela Bentes, explicou que os dois eventos servirão para discutir os avanços da inovação durante os 10 anos de implantação da política institucional de fomento à inovação, bem como suas perspectivas para o aumento da competitividade nacional, além das inter-relações entre empresas, empreendedores, ciência, tecnologia e inovação a fim de compreender as bases socioeconômicas e políticas que orientam e condicionam a política nacional de inovação com ênfase na Amazônia brasileira.
Programação de amanhã (19 de novembro)
Palestra: “Avanços e perspectivas para a inovação, tecnologia e empreendedorismo para as ICTs”.
Horário: 8h45-9h15
Palestra: “Inovação, parcerias e articulação em rede: Os desafios brasileiros à luz da experiência das empresas”
Horário: 9h15 – 9h50
Mesa redonda: “desafios para o desenvolvimento de produtos para o atual cenário de inovação”
Horário: 10h15 – 11h
Palestra: “Transferência de tecnologia em prol do desenvolvimento socioeconômico em forma de rede colaborativa”
Horário: 11h – 12h
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