Inpa realiza treinamento de reconhecimento de madeira com agentes federais, militares e da Interpol
O treinamento de reconhecimento de madeira foi realizado para agentes da Polícia Militar, Polícia Federal e Interpol.
Treinamento permitiu a identificação de madeiras extraídas ilegalmente da Amazônia e de outras florestas do Brasil
Por Lorena Andrade /Ascom Inpa
Foto: Fernanda Farias/Ascom Inpa
Crime ambiental não se restringe apenas às fronteiras e se tornou um problema internacional, podendo afetar a economia e a segurança de uma nação. Pensando em combater este tipo de crime, o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) realizou na tarde desta quarta-feira (12) o treinamento de reconhecimento de madeira para agentes da Polícia Militar, Polícia Federal e Interpol.
Ao todo agentes de 14 países participaram do treinamento que teve como objetivo principal fazer a capacitação para realizar o reconhecimento das madeiras de forma correta, pois somente desta forma a exportação ilegal de madeira do Brasil será cada vez menor.
De acordo com o coordenador do treinamento, o pesquisador tecnologista anatomista de madeira do Inpa, Jorge Alves, a ideia surgiu principalmente devido a dificuldade que os agentes de fiscalização têm no reconhecimento das espécies, o que facilita o contrabando das madeiras.
“Fizemos uma programação para mostrar a importância da anatomia da madeira como ferramenta no auxilio da fiscalização, controle e repressão à exploração florestal indevida. E com esse treinamento os agentes conseguem uma dupla checagem, ou seja, checam a madeira quando sai do país e também quando chega ao seu destino”, explicou Alves.
Durante o treinamento o pesquisador cortou algumas madeiras e mostrou aos agentes policiais. “Este método é simples e eficaz que é a identificação através da comparação. Vamos trabalhar em cima das dez madeiras de maior volume de exportação” continuou o pesquisador.
Segundo Ricardo Alvez, policial militar em Portugal que veio participar do treinamento, estes ensinamentos são de extrema importância. “É um crime novo que surgiu em Portugal pelo qual não estamos preparados, e esta familiarização com as madeiras nos fará ficar atentos à probabilidade do que pode ser crime”, comentou Alvez.
Já para o delegado da Polícia Federal do Paraná Rubens Lopes, o treinamento é um desejo antigo se concretizando, pois tem o objetivo de identificar as principais essências que são retiradas da Amazônia de forma ilegal e enviadas ao exterior. “Para a Policia Federal do Brasil é fundamental essa interação com as outras policias estrangerias, pois é necessário para o combate do comércio ilegal da madeira no país”, concluiu o delegado.
Redes Sociais