Resultado de 11 anos de pesquisas do Projeto CTPetro em Urucu é apresentado em seminário no Inpa
Foto: Luciete Pedrosa
Estiveram presentes na abertura, além do diretor do Inpa, Luiz Renato de França, representantes da Finep, FDB, Museu Emilio Goeldi e Petrobras.
O seminário é uma síntese de um trabalho realizado ao longo de 11 anos na região de Urucu, em parceria com a Petrobras e financiado pela Finep
Texto e foto: Luciete Pedrosa/Ascom Inpa
Como parte da programação do seminário que marca o encerramento do projeto Rede CTPetro Amazônia, que acontece no Auditório do Bosque da Ciências, no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), foram apresentadas nesta segunda-feira (3) os resultados do projeto desenvolvidos durante os 11 anos de existência. Dentre eles, destaca-se o desenvolvimento de uma tecnologia para a redução do impacto ambiental nas áreas desmatadas pela exploração de petróleo e gás, a formação de mais de 200 mestres e doutores e cerca de 300 trabalhos publicados em periódicos. O evento prossegue até esta terça-feira (4).
“O seminário é uma síntese de um trabalho realizado ao longo de 11 anos na região de Urucu, em parceria com a Petrobras e financiado pela Finep. Foi uma experiência muito boa para as nossas instituições e para a região”, destacou o coordenador do projeto, o pesquisador do Inpa Luís Antônio de Oliveira.
A Rede CTPetro foi criada em 2001 e recebeu financiamento na ordem de R$ 11.244.127,00 oriundos da Finep, Fapeam e Petrobras e agregou instituições do Pará e do Amazonas, como a Embrapa, Ufam, UEA, Fucapi, Inpa, Museu Emilio Goeldi, Universidade Federal do Pará, e Universidade Rural da Amazônia.
Para o coordenador do projeto, “Os resultados foram positivos, o que contribuiu para o conhecimento da flora e da fauna de Urucu. Além de ajudar a diminuir as clareiras que foram abertas com a restauração da cobertura vegetal diminuindo o impacto ambiental, que naquela região foram mínimos e representa 0,02% de todo o desmatamento da Amazônia”, explicou.
De acordo com Oliveira, esta tecnologia de restauração vegetal nas áreas desmatadas pela Petrobras está servindo de base para que outras áreas degradas com as atividades de agropecuária na Amazônia possam ser restauradas.
Para o representante da Finep, Rogério Medeiros, a Rede CTPetro Amazônia, uma das 13 redes que começaram a funcionar em 2001, tornou-se emblemática e o sucesso da Rede foi maior do que o esperado. Segundo ele a Rede foi uma das que alcançaram um nível maior de sucesso. “Como em todos os projetos de C&T, existe um risco de estratégia e algumas Redes não tiveram tanto sucesso quanto a CTPetro”, disse.
Estiveram presentes na abertura do seminário, além do diretor do Inpa, Luiz Renato de França, o representante da Finep, Rogerio Medeiros; a diretora de finanças da Fundação Amazônia de Defesa da Bioesfera (FDB), Shirlei Teixeira; a representante do Museu Emilio Goeldi, Marlucia Martins; a representante da Embrapa, Cheila Boijink, e o representante da Petrobras, Rogerio Airoldi.
Rede CTPetro
Criada em 2001, a Rede tem como objetivo intensificar a troca de informações, treinamento e capacitação, obtenção e divulgação de novos conhecimentos para identificar, avaliar e minimizar os efeitos negativos ao meio ambiente das atividades de prospecção e transportes do gás natural e petróleo na Amazônia brasileira, além de conhecer melhor o ambiente sob a influência das atividades petrolíferas e desenvolver tecnologias para recuperar as áreas degradadas.
A Rede desenvolveu os seguintes projetos: Dinâmica de clareiras sob impactos de exploração petrolífera; Técnicas de regeneração artificial em clareiras pela exploração e transporte de petróleo e gás natural; Caracterização e análise da dinâmica do solo; Análise de sensibilidade ambiental; Modelagem e previsão de impactos; e Malária: dinâmica de transmissão, vetores e estratégias de controle em áreas de exploração de petróleo.
Programação
Amanhã a Rede CTPetro apresentará o livro “Manual de coleta e beneficiamento de sementes de espécies florestais aptas para a restauração ecológica em Coari/AM” ás 15h30 no auditório da Ciência.
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