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Inpa repassa conhecimentos científicos aos agricultores para desenvolvimento na produção de hortaliças

  • Publicado: Quinta, 30 de Outubro de 2014, 20h00
  • Última atualização em Segunda, 20 de Abril de 2015, 09h25

 

 


Os agricultores aprenderão como selecionar plantas superiores e realizar a polinização para produzirem suas próprias sementes e não dependerem de aquisição das que são vendidas no comércio de Manaus.

O objetivo é transferir conhecimentos agronômicos aos produtores rurais para o desenvolvimento na produção de hortaliças. Os agricultores receberão sementes adaptadas e melhoradas pelos pesquisadores do Inpa e ainda orientações práticas de fitotecnia para melhorar os sistemas de cultivo para os agricultores familiares do Amazonas.

Por Luciete Pedrosa/ Ascom Inpa

Foto: Acervo pesquisador

Com o objetivo de transferir conhecimentos agronômicos aos produtores rurais para o desenvolvimento na produção de hortaliças, por meio de práticas da fitotecnia, o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), neste fim de semana, no município de Presidente Figueiredo (a 107 quilômetros de Manaus), prossegue com as atividades da programação da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT).

As atividades serão desenvolvidas por integrantes do Grupo de Pesquisa do Núcleo de Estudos Rurais e Urbanos Amazônico (Nerua/Hortaliças), vinculado à Coordenação de Sociedade, Ambiente e Saúde (CSAS/Inpa). A ação pretende atingir cerca de 150 produtores rurais da estrada de Balbina e da BR-174 localizados nos ramais Cristo Rei, Boa Esperança, Canoas e Rio Pardo, que já possuem históricos de produção hortícola, como hortaliças, plantas ornamentais, medicinais e condimentares.

O pesquisador do Inpa e um dos responsáveis do GP Nerua/Hortaliças, Danilo Fernandes Filho,  explica que a fitotecnia é o ramo da ciência agrária que estuda a otimização dos sistemas de produção vegetal e o desenvolvimento socioeconômico com qualidade ambiental.

Essa prática agronômica garante, ainda, a oferta de alimentos à população e matéria-prima à indústria”, explica Fernandes Filho, acrescentando que a prática da fitotecnia contribui, também, para a segurança alimentar e para a competitividade dos produtos no mercado interno e externo de vegetais e de plantas, como as hortaliças, as frutas, os cereais, ornamentais e medicinas, dentre outras.

Os técnicos do Inpa, os engenheiros agrônomos Ariel Blind e José Nilton, iniciaram as atividades na semana anterior e darão continuidade aos trabalhos junto aos produtores rurais com a distribuição de sementes melhoradas ou adaptadas, por pesquisadores do GP Nerua/Hortaliças do Inpa, de tomate Yoshimatsu, uma espécie resistente à doença murcha bacteriana; além da pimenta de cheiro; feijão de metro; maxixe verdão (demora mais tempo para ficar amarelo nas prateleiras).

Também serão distribuídas sementes de jerimum caboclo (muito produtivo); feijão-macuco (cuja parte comestível é a raiz); ariá, taioba, cariru, cubiu (fruto agroindustrial, rico em pectina, sais e vitaminas e ajuda no controle do diabetes e colesterol); pimentas ornamentais (para o comércio em floriculturas) e quiabo (com melhor desempenho e produtividade em comparação com as variedades comerciais). 

Palestras intituladas “Práticas fitotécnicas para horticultura em Presidente Figueiredo - AM: perspectivas para o incremento da produção, geração de emprego e renda" serão ministradas como forma de estabelecer um diálogo sobre a melhor forma de manejo das plantas, colheita, pós-colheita, transporte e comercialização da produção agrícola.

Além disso, os agricultores aprenderão como selecionar plantas superiores e realizar a polinização para produzirem suas próprias sementes e não dependerem de aquisição das que são vendidas no comércio de Manaus.

De acordo com Blind, ainda existem limitações edafoclimáticas (solo e clima desfavoráveis à maioria das espécies de hortaliças) aliadas à falta de conhecimento dos horticultores sobre o manejo das plantas e espécies (fitotecnia) associado também à falta de material genético (sementes apropriadas para o cultivo na região), que tolerem melhor os problemas fitossanitários (doenças e pragas) que são muito sérios no trópico úmido da Amazônia Central.

O técnico explica que diante destas dificuldades e limitações, o Inpa, por meio da Coordenação de Sociedade, Ambiente e Saúde (CSAS), passou a desenvolver uma série de vistas técnicas com intuito de minimizar ao máximo estes problemas.  Exemplo disto, o Instituto vem aprimorando, há três décadas, a variedade do tomate Yoshimatsu, desenvolvida pelo doutor em genética, Hiroshi Noda. Esta espécie é muito produtiva e resistente a uma das principais doenças de solo da região, a Rasltonia solanacearum, causadora da murcha bacteriana.

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