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Inpa ensina práticas de manipulação dos alimentos na merenda escolar

  • Publicado: Quarta, 15 de Outubro de 2014, 20h00
  • Última atualização em Segunda, 20 de Abril de 2015, 08h52

 

Inpa ensina práticas de manipulação dos alimentos da merenda escolar

Destinada às pessoas que manipulam alimentos em escolas, a Oficina de Segurança Alimentar encerra nesta sexta-feira. Atividade integra a programação da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia  

Por Luciete Pedrosa – Ascom Inpa

Com o objetivo de repassar noções de boas práticas de manipulação e a importância dos alimentos na merenda escolar, o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) realiza até esta sexta-feira (17) a Oficina de Segurança Alimentar. Destinada às pessoas que manipulam alimentos em escolas, a oficina acontece no Laboratório de Alimento e  Nutrição do Inpa, das 8h às 12h, e faz parte da programação da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT).

De acordo com um dos instrutores do curso, o técnico do Inpa, Jeronilson Ferreira, foi observado que nas escolas da rede pública de ensino as merendeiras não sabem como trabalhar em relação à segurança alimentar. “Como são crianças que são alimentadas nas escolas, pensamos em realizar a oficina que visa ensinar os manipuladores como se paramentar, manipular e aproveitar os alimentos”, explica Ferreira.

No curso, os participantes aprenderam como manipular, por exemplo, o cubiu para o início do processo da produção da farinha. Também foi mostrado como se faz a retirada de acidez dos alimentos com a técnica de “branqueamento” do cupuaçu e do cubiu.

Segundo Ferreira, a técnica consiste em embalar a fruta fechada num saco próprio a uma temperatura de 100°C para depois receber um banho de gelo. “Com isso, acontece o 'branqueamento', ou seja, a concentração de acidez é retirada e aumenta o tempo de prateleira do alimento, porque os alimentos estão isentos de bactérias”, explicou Ferreira.

Também foram repassadas informações sobre o uso do mel de abelha, que pode ser agregado à merenda escolar em substituição ao açúcar. O mel é um poderoso bactericida, fonte de energia e possui ação antioxidante. Além disso, as participantes aprenderam a manipular a farinha de pupunha (rica em fibra e Vitamina A), que pode ser utilizada como alimento na merenda escolar em forma de papinha ou agregadaao peixe, carne e frango.

A gastrônoma da Creche Pequenos Brilhantes e uma das participantes da oficina, Adriana Freitas, conta que esta é uma oportunidade para adquirir novos conhecimentos para agregar no ambiente profissional.“Está sendo muito bom participar do curso. Aprendi coisas novas e vou poder utilizar esses conhecimentos na preparação dos alimentos das crianças da creche”, disse Adriana.

A nutricionista da Creche do Sesi, que também participa da oficina, Selma Lucas de Souza, revelaque se interessou pelo curso para ter a oportunidade de aprender na prática sobre alimentação infantil. “Eu me interessei pela oficina porque precisava agregar mais conhecimentos na área de alimentação infantil e, também, porque queria vivenciar a produção de alimentos, especialmente a da farinha”, disse a nutricionista.

Para a coordenadora da Tecnologia Social do Inpa, Denise Gutierrez, a oficina é um espaço em que se constrói relações e traz experiências na prática com profissionais que atuam na composição das merendas. “É assim que se verdadeiras tecnologias sociais são construídas num instituto de pesquisa”, disse Gutierrez.

Para a coordenadora é importante estabelecer o diálogo com o coletivo e com profissionais que já tenham a prática, e trazem sugestões de pesquisas para os pesquisadores internalizarem as demandas e as questões que merecem ser pesquisadas. “É assim que desenvolvemos tecnologias com fins sociais”, ressaltou.

O Laboratório de Tecnologia de Alimento e Nutrição realiza pesquisas com alimentos e com ensaios de nutrição experimental voltados para a área da saúde pública, em relação às doenças carenciais, como a anemia e a hiperglicemias. O Laboratório também analisa a parte de bioquímica e a determinação de vitaminas e de outros minerais, tanto em alimentos como em seres humanos.

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