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Exposição Piraiá-guará no Inpa reúne imagens marcantes da caça ilegal do boto-vermelho

  • Publicado: Domingo, 12 de Outubro de 2014, 20h00
  • Última atualização em Segunda, 20 de Abril de 2015, 08h10

 

As fotografias do boto-vermelho, que é utilizado como isca para a pesca da piracatinga, e de monitoramento dos mamíferos aquáticos da Amazônia ficam expostas até domingo (19). A atividade faz parte da SNCT

Por Séfora Antela – Ascom Ampa

Imagens marcantes da caça ilegal do boto-vermelho clicadas por fotógrafos profissionais e pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) podem ser conferidas na exposição Piraiá-guará: um sedutor ameaçado. Promovida pela Associação Amigos do Peixe-boi (Ampa), a exposição de 80 fotografias fica aberta ao público até o próximo domingo (19), das 9h às 16h, no hall do Auditório da Ciência do Inpa.

A atividade da faz parte da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia do Instituto (SNCT/Inpa), que busca mobilizar a população, especialmente crianças e jovens, em torno de temas de C&T. Cerca de 120 atividades fazem parte da Semana, na capital e no interior do Amazonas.

A exposição é composta por 80 imagens de fotógrafos profissionais, reconhecidos mundialmente (André Zumak, Anselmo D´Affonsêca, Doug Allan, Edmar Barros, Kevin Achafer e José Zamith Filho, também curador da exposição), e também de pesquisadores do Inpa. Eles registraram as experiências de campo no monitoramento dos mamíferos aquáticos da Amazônia.

De acordo com o diretor-executivo da Ampa, Jone César Silva, a exposição é oportunidade de perceber que o boto-vermelho vale muito mais vivo que morto. “O nosso desejo é que o boto continue encantando os nossos olhos com sua beleza e viva nos rios da maior bacia hidrográfica do mundo, realizando o seu papel de manter o equilíbrio ecológico”, destaca Jone.

O boto-vermelho é utilizado ilegalmente como isca para a pesca da piracatinga, também conhecida como douradinha. Uma instrução normativa interministerial proibiu a pesca da piracatinga na Amazônia até 2020. A moratória só passa a valer a partir de janeiro de 2015. A Ampa está em campanha para adiantar o prazo e evitar a morte de milhares de botos. 

A Ampa atua há mais de uma década na conservação e  pesquisa dos cinco mamíferos aquáticos da Amazônia: peixe-boi, boto-vermelho, boto tucuxi, ariranha e lontra. A organização recebe incentivos do Programa Petrobras Socioambiental, por meio da Petrobras, e do Projeto Ecoturismo Amigo do boto-vermelho, através do Programa Oi Futuro. 

Piraiá-guará

O boto-vermelho é conhecido como Piraiá-guará, que em tupy-guarani significa “peixe-vermelho”. O nome boto-cor-de-rosa, popularizou-se no Brasil na década de 80 quando o documentário francês “Jacques Cousteau na Amazônia” foi traduzido ao pé da letra do inglês para o português - Pink dolphin como golfinho cor-de-rosa e posteriormente popularizado como boto-cor-de-rosa, para diferenciá-lo do boto-cinza, o tucuxi.

Mais informações com a Ampa: (92) 3236-2739 e 8802-3520

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