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Inpa participa de evento sobre mudanças climáticas e os impactos na floresta promovido pela Embrapa

  • Publicado: Segunda, 06 de Outubro de 2014, 20h00
  • Última atualização em Quinta, 16 de Abril de 2015, 11h25

 

Aconteceu nesta segunda-feira (6) em Belém (PA), o evento Amazalert/Robin Meeting com a participação do Inpa. O evento avalia como as mudanças no clima e no uso da terra em níveis global e regional irão impactar as florestas da Amazônia, a agricultura, as águas e as pessoas; e como esses impactos refletem no clima

Da redação da Ascom

Todos sabem que a Amazônia está sob ameaças de efeitos, de um desenvolvimento pouco sustentável e mudanças climáticas. Estudos realizados nos últimos dez anos indicam que estes efeitos podem levar à perda das florestas, alterações regionais no clima e no ciclo da água, bem como à redução de biodiversidade. Estes riscos para a Amazônia estão resumidos nos Relatórios do Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC) de 2007 e 2014 sobre os impactos das mudanças climáticas.

Esses foram temas apresentados e debatidos, juntamente com análises e resultados dos Projetos AMAZALERT e Robin no Terceiro Workshop de Cenários Participativos que aconteceu nesta segunda-feira (6), na sede da Embrapa Amazônia Oriental, em Belém (PA) e contou com a participação do pesquisador Jorge Ivan Rebelo Porto do Núcleo de Apoio à Pesquisa no Pará (Nappa) do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) como representante institucional.

No evento, os pesquisadores apresentaram resultados dos projetos AMAZALERT e Robin ao poder público, instituições de pesquisa e universidades. Os projetos são desenvolvidos pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e União Europeia – por meio das Universidades de Leeds (Reino Unido), Lancaster (Reino Unido), Wageningen (Holanda), entre outros institutos de pesquisa internacionais, como Alterra (Países Baixos) e MetOffice (Reino Unido).

De acordo com o pesquisador, a importante participação do Inpa, como parte interessada, reside no fato de contribuir para a melhoria destes projetos e ajudar a legitimar as ações propostas fazendo com que os responsáveis pelos projetos AMAZALERT e Robin consigam ter uma visão mais ampla de todos envolvidos no processo. O Inpa auxilia diretamente o evento com apoio logístico em Santarém-PA.

Recentemente, o projeto AMAZALERT divulgou uma síntese sobre o que pode ser feito sobre os possíveis impactos e, no caso de um perecimento eminente da vegetação, quais seriam as opções para alertar ou se adaptar ao perecimento. Para analisar essa questão, dois cenários extremos foram transformados em “linhas do tempo” vinculando políticas de uso da terra com possíveis impactos no aprovisionamento dos serviços ecossistêmicos na Amazônia.

Tanto os processos de discussão com os atores envolvidos no AMAZALERT como pesquisas recentes indicam que a Europa tem um impacto limitado no desmatamento da Amazônia, quando comparado com outros países importadores. Os atores também consideram importante o fortalecimento da sociedade civil dada à importância da sua função potencial nos diferentes cenários nas próximas décadas.

O Projeto

O Projeto AMAZALERT foi criado para melhorar a compreensão sobre os processos que levam às mudanças ambientais na Amazônia, por meio da colaboração de instituições nacionais e internacionais e o Projeto ROBIN, que pretende encontrar as melhores combinações de usos ecossistêmicos e aumentar o conhecimento sobre a relação entre a biodiversidade e os processos socioambientais, se juntam no Terceiro Workshop de Cenários Participativos.

Eles mostraram que é possível ocorrer uma degradação severa na Amazônia quando o clima mudar severamente e o desmatamento avançar. Entretanto, o tipo de mudança pode variar bastante. O alerta precoce de tais mudanças deverá, portanto ser abordado numa perspectiva ampla, usando o monitoramento da umidade nas bacias, mudanças na biomassa e na troca de carbono, além da composição das espécies e mudanças na sua variabilidade para detectar tendências de mudanças alarmantes.

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