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Produtos orgânicos serão comercializados em feira na Semana Nacional de C&T do Inpa

  • Publicado: Segunda, 06 de Outubro de 2014, 20h00
  • Última atualização em Quinta, 16 de Abril de 2015, 11h24

 

 


Feira de orgânicos realizada todos os sábados, na sede da Superintendência do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SFA/AM)

No próximo dia 14, aproximadamente 25 produtores de vários municípios participarão de uma feira no Bosque da Ciência do Inpa

Por Camila Leonel-Ascom Inpa

Para quem aprecia frutas e hortaliças frescas e livres de agrotóxicos encontrará no Bosque da Ciência do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) uma oportunidade de literalmente de “fazer a feira”. No dia 14 deste mês (terça-feira), o instituto promoverá a Feira de Produtos Orgânicos, como parte da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT/Inpa).

Aproximadamente 25 produtores da Associação dos Produtores Orgânicos do Amazonas (Apoam) e da Rede Tucumã (Rio Cueiras), parceiros da atividade, vão expor na feira. Eles são oriundos de Manaus – como Ramais do Brasileirinho e Pau Rosa - e de outros municípios como Careiro da Várzea, Iranduba, Rio Preto da Eva e Manacapuru.

Serão comercializadas frutas, hortaliças convencionais e ovos caipiras. O consumidor terá ainda a disposição hortaliças “não convencionais”, como a bertalha (também chamada de couve-manteiga), vinagreira, espinafre amazônico, ariá, taioba, jambu e ora-pro-nobis, além de doces e salgados integrais com recheios orgânicos. “Tudo é 100% natural e com preço justo”, disse o presidente da Apoam, Raimundo Carvalho.

Na feira também será possível adquirir carne de pirarucu manejado, proveniente da Reserva de Desenvolvimento SustentávelMamirauá do Setor MAIANA do Municipio de Fonte Boa do médio Solimões), comercializados pelos próprios pescadores (3 pescadores/produtores representantes de 37 familias agrupadas em 7 comunidades), a preços justos.

Há quatro anos, os produtores da Apoam participam da feira de orgânicos realizada todos os sábados, na sede da Superintendência do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (SFA/AM), localizada na rua Maceió, bairro Adrianópolis, em parceria com a Secretaria Municipal de Feiras, Mercados, Produção e Abastecimento (Sempab).

Além da feira, a proposta do Inpa é trazer para o debate da SNCT a relação ciência, tecnologia e sociedade à luz da política pública. “Queremos mostrar nesse debate que o INPA tem apresentado contribuiçãode cunho científico e tecnológico para o desenvolvimento regional voltados para a agricultura familiar, visando a melhoria da qualidade de vida da sociedade. E que com a troca de saberes e experiências entre pesquisadores, professores e produtores, a sociedade é beneficiada com a oferta de produtos de qualidade, diversidade de espécies e a preços interessantes, onde saúde e meio ambiente são levados a sério”, explicou o coordenador de Extensão do Inpa, Carlos Bueno.

A SNCT do Inpa começa no próximo domingo (12), com a presença do Ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Clelio Campolina Diniz, e segue até o dia 19, com muitas atividades para mobilizar a população em torno do tema Ciência e Tecnologia para o desenvolvimento social. São palestras, oficinas, cursos, visitas técnicas, laboratórios de portas abertas, exposições, entre outras. Veja a programação aqui.

Diferencial

Um diferencial da feira de orgânicos no Inpa é a distribuição de folderes com receitas de sucos e doces saudáveis e agradáveis ao paladar. O material foi desenvolvido pela tecnologista do Laboratório de Melhoramento de Fruteiras do Inpa, Bianca Galucio, em parceria com nutricionistas e alunos da Uninorte. Também haverá degustação de sucos elaborados a partir dos produtos orgânicos.

Para quem quiser comprar sucos detox (a base de couve, limão, agrião, gengibre e melado) e salgados integrais, os agricultores terão disponíveis.

De acordo com o presidente da Apoam, Raimundo Carvalho, a expectativa da feira é divulgar os produtos orgânicos. “Queremos mostrar o nosso trabalho e, através disso, conseguirmos acionar as políticas públicas para termos mais apoio e ao mesmo tempo divulgar o orgânico para que outros produtores tenham conhecimento e comecem a produzi-los”.

Segundo Carvalho, o cultivo de orgânicos na Amazônia é viável, pois uma plantação que não usa agroquímicos conserva o meio ambiente, não agride o solo e garante qualidade de vida, tanto para o produtor como para o consumidor.

Capacitação e discussão

A feira é uma parte da programação com os agricultores. No dia 15, pela manhã, eles farão uma visita técnica à Estação Experimental de Hortaliças do Inpa, situada no Km 14, da rodovia AM-010. No período da tardeestarão participando no Auditório da Ciência, do seminário “Diálogo de Saberes: Ciência e Sociedade”. O objetivo é promover a interação entre ciência, sociedade e poder público para discutir ações que estruturem e otimizem a agricultura orgânica no Estado.

No encontro, o Inpa discutirá pesquisas que realiza nas áreas, de produção de hortaliças, frutas, peixes e mel, como é o caso dos estudos do pesquisador Hiroshi Noda, doutor em Genética e Melhoramento de Plantas, que utiliza estratégias de melhoramento genético e conservação de espécies hortícolas cultivadas na Amazônia. A pesquisa é desenvolvida agregando conhecimentos científicos e tradicionais.

No dia 16, os agricultores participarão do curso (teórico) de segurança alimentar e manipulação de frutos com a pesquisadora do Inpa Jerusa Andrade e da oficina (prática) de técnicas de desidratação de frutos.

Desafios

Um dos desafios enfrentados pelos produtores orgânicos é a busca da certificação (garantia de qualidade e autenticidade do orgânico) para expandir o alcance dos produtos, visando atender os supermercados e restaurantes, por exemplo, aumentando os pontos de comercialização. Segundo, o presidente da Apoam, Raimundo Carvalho, atualmente os associados possuem a declaração de produtores orgânicos, mas só podem fazer venda direta ao consumidor final.

Outros problemas são logística, a deficiência de conhecimento técnico por parte dos agricultores, a dificuldade de produzir o próprio composto orgânico, usado na adubação do solo e a produção de sementes, o que dificulta a obtenção de escala na produção.

Uma das ações para superar os desafios é a Rede Maniva de Agroecologia (Rema) que, de acordo com Carvalho, é um 'grupão' de produtores, técnicos e consumidores que interagem para divulgar a agricultura orgânica. “A intenção da rede é formar técnicos, trocar experiências e sementes e ver se atingimos mais produtores”, disse Carvalho.

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