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Inpa promove palestra sobre diversidade e distribuição dos insetos esperanças

  • Publicado: Quarta, 01 de Outubro de 2014, 20h00
  • Última atualização em Quinta, 16 de Abril de 2015, 11h01

 

Pterochrozini da Bahia

Especialista colombiana, Juliana Chamorro, apresentará nesta sexta-feira (3) os avanços e possibilidades de estudo com as esperanças. A palestra é gratuita

Por Luciete Pedrosa – Ascom Inpa

Foto: Luciete Pedrosa e Juliana Chamorro (acervo pesquisadora)

Com o objetivo de motivar estudantes de Entomologia (estudo dos insetos) a realizarem pesquisas sobre os insetos da família dos Tettigoníideos, popularmente conhecidos como esperanças, aqueles insetos verdes ou marrons parecidos com grilos e gafanhotos, a bióloga Juliana Chamorro, 34, da Universidad Nacional da Colômbia, apresentará a palestra “Esperanças do Brasil, diversidade e distribuição”, nesta sexta-feira (3), às 16h, no auditório da Entomologia do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), campus II. A entrada é gratuita.

A doutora em Entomologia apresentará os avanços realizados durante os últimos anos no Brasil em relação à taxonomia (classificação e identificação), diversidade e distribuição desse grupo de insetos. “Esses insetos fazem parte de diferentes processos ecológicos, sendo que há espécies que são herbívoras, predadoras e outras que servem de alimentos para outros animais, como algumas espécies de macacos e até mesmo para as larvas de certas vespas”, explica Chamorro. 

Segundo ela, o nome vulgar de esperança se refere usualmente aos indivíduos grandes, de cor verde e com a aparência de folha, caracterização que não inclui a maior parte dos Tettigoníideos, diferentes desse padrão. Há na cultura popular a crença de que o pouso do inseto em uma pessoa lhe trará boa sorte, ou se encontrá-lo morto é presságio de mau-agouro.

De acordo com a bióloga, as primeiras espécies brasileiras conhecidas foram descritas por Linnaeus, em 1758. No Brasil, são catalogadas cerca de 600 espécies de esperanças. Há registros de esperanças em 20 estados brasileiros. Amazonas, Rio de Janeiro e São Paulo são os que possuem o maior número de registros.

Chamorro explica que na Amazônia há cerca de 130 espécies reportadas (podem ter sido descritas ou identificadas sua presença), conforme dados do Orthoptera Species Tilhe Online, um banco de dados alimentado por especialistas de diversas partes do mundo.

A pesquisadora está em Manaus há 15 dias e veio para colaborar na identificação desses insetos, por meio do projeto “Melhoria do nível de resolução taxonômica da coleção de invertebrados do Inpa”, coordenado pelo pesquisador Marcio Luiz de Oliveira, curador da Coleção de Invertebrados do Instituto. O projeto é financiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam).

De acordo com a pesquisadora, a Coleção de Invertebrados do Inpa possui muito mais do que esse número reportado no banco de dados. Ela estima que existam cerca de 3 mil exemplares ainda por serem identificados. “Existe uma quantidade de material muito grande de gêneros e espécies novas que não são fáceis de identificar. O tempo é curto para poder trabalhar de uma forma mais profunda”.

Sobre o projeto

O projeto “Melhoria do nível de resolução taxonômica da Coleção de Invertebrados do Inpa” trará ao Inpa dez especialistas do Brasil e exterior, até 2015, para ajudarem na identificação dos insetos existentes na Coleção. A coleção do Inpa tem aproximadamente 60 anos e existem milhões de exemplares que nunca foram identificados. O principal problema é a ausência de especialistas em certos grupos de insetos.

Em setembro, o pesquisador do Museo Nacional de História Natural de Cuba, o doutor Esteban Gutierrez, um dos maiores especialistas no mundo em baratas, colaborou com os trabalhos na Coleção. Em maio, o Inpa recebeu outro grande especialista, porém, em formigas, o pesquisador da Universidad Nacional da Colômbia, o doutor Fernando Fernandez.

Nesta semana, a Coleção está recebendo a visita da pesquisadora Juliana Chamorro, também da Colômbia, especialista em esperanças e bolsista pós-doc da Universidade Federal de Viçosa (UFV), em Minas Gerais.

“Todos esses pesquisadores estão fazendo as mesmas constatações de que a diversidade amazônica é enorme, que há um grande número de espécies ainda desconhecidas pela Ciência e o que tempo que aqui passaram foi insuficiente para estudar tudo como gostariam”, ressalta o pesquisador Marcio Oliveira.

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