Campanha Alerta Vermelho participa de atividades esportivas em prol dos botos
Neste sábado, uma réplica gigante de boto estará na Ponta Negra durante a Maratona Aquática e, no domingo, materiais informativos da campanha serão distribuídos em Torneio de Pesca Esportiva
Por Séfora Antela – Ascom Ampa
A Campanha Alerta Vermelho marca presença em duas atividades esportivas em Manaus com apelo para a conservação dos botos da Amazônia, neste fim de semana. No sábado (6), o boto inflável de 12 metros de comprimento estará na Ponta Negra durante a Maratona Aquática do Amazonas, e, no domingo, os ativistas da campanha seguem para o 1º Torneio de Pesca Esportiva Amigos do Tarumã.
Idealizada pela Associação Amigos do Peixe-boi (Ampa) e o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), a campanha busca impedir a matança do boto-vermelho (Inia geoffrensis), usado como isca para a pesca da piracatinga (Calophysus macropterus) também conhecida como douradinha.
Na Maratona Aquática, a réplica gigante do boto vermelho volta à Praia da Ponta Negra para lembrar aos competidores e à população da importância de se proteger e conservar o mamífero aquático, que é um patrimônio da Amazônia.
No dia 27 de julho último, o boto gigante também esteve na Ponta Negra e no início desta semana, em Brasília, onde foi entregue a assinatura de 55 mil ativistas. Eles que pedem o adiantamento da moratória da pesca da piracatinga prevista para iniciar em 1º de janeiro de 2015, com validade de cinco anos.
A campanha também está junto com os pescadores esportivos do Brasil, neste domingo, no 1º Torneio de Pesca Esportiva Amigos do Tarumã, no Sítio Recanto dos Curiós, com largada às 06h30 e chegada às 12h, neste domingo. O acesso terrestre ao sítio pode ser feito pela estrada da Vivenda Verde, enquanto água, o local fica quase em frente ao flutuante Peixe-boi.
Uma das peculiaridades da competição é o cunho ambiental, além do esportivo. Com trabalho em duplas, os participantes devem capturar três peixes e recolher a maior quantidade de lixo reciclável dispostos na orla do Tarumã-Açu.
Durante o evento, um estande com materiais informativos será montado com o intuito de sensibilizar os participantes sobre a matança dos botos. Pesquisadores afiram que se a mortandade continuar na mesma proporção, em pelo menos 30 anos, a espécie pode desaparecer.
“As taxas reprodutivas baixas, o longo período de cuidado parental aliados à ameaça sem trégua dos caçadores, dos pescadores ilegais têm fragilizado a espécie”, explica a pesquisadora do Inpa e coordenadora do Projeto Boto do Inpa, Vera Silva.
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