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Circuito da Ciência promove manhã de aprendizado e entretenimento

  • Publicado: Quinta, 28 de Agosto de 2014, 20h00
  • Última atualização em Quinta, 16 de Abril de 2015, 09h55

 

 


Estudantes de quatro escolas participaram das atividades de divulgação científica

As crianças puderam participar das oficinas, brincar e aprender mais sobre a região Amazônica. O Circuito é uma ação do Inpa que visa popularizar a ciência

Por Camila Leonel (texto e foto)-Ascom Inpa

Foi com exercícios físicos que 400 crianças iniciaram, nesta sexta-feira, a 6ª edição do Circuito da Ciência de 2014. Durante a abertura, que ocorreu no Bosque da Ciência do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), os alunos das escolas participantes fizeram alongamentos para preparar o corpo e aproveitar as atividades do Circuito

Esta foi a 146° edição do projeto, que completou 15 anos de existência em 2014. As escolas participantes foram: Escola Estadual Dom João de Souza Lima e Escola Estadual Sebastião Norões (ambas na Cidade Nova 1), Escola Estadual Professor Jorge Karam Neto (Tancredo Neves) e a Oca do Conhecimento Ambiental (Alvorada).

Oficinas sobre os mais variados temas apresentaram às crianças informações sobre mamíferos e insetos aquáticos, invertebrados, o Gavião Real, entre outras. Nas oficinas, os participantes aprenderam sobre a importância de cuidar dos dentes, reciclar resíduos sólidos da construção civil, a importância de cuidar do meio ambiente, economizar água. Também aprenderem sobre doenças como a dengue, malária e leishmaniose e como preveni-las.

O diferencial da atividade em relação à sala de aula, é que as crianças estão em um espaço que permite a interação e oportuniza o conhecimento, por meio de experiências como ouvir, tocar, ver e brincar.

Mas as oficinas não eram as únicas atrações do Circuito da Ciência. Além dos stands, os alunos conheceram a exposição da Casa da Ciência, andaram pelas trilhas, visitaram os tanques dos peixes-boi e viram de perto ariranhas, tartarugas, cutias e assistiram a curtas-metragens e apresentações teatrais.

O aluno da Escola Estadual Professor Jorge Karam Neto, Daniel Felipe, 15, ficou impressionado com a quantidade e variedade de árvores. Para ele, no Inpa, o que tem de mais interessante é a natureza. “Em poucos lugares a natureza é valorizada. A gente vê pessoas desmatando e aqui não, aqui a natureza é preservada”, disse o estudante, que sonha em ser médico.

Caravana do conhecimento

O objetivo principal do Circuito da Ciência é popularizar a ciência e as pesquisas do Inpa para os estudantes com o intuito de que eles aprendam como a ciência está presente no dia a dia e a importância de se preservar o meio ambiente. Tudo isso, de uma forma lúdica e prática.

Para o coordenador do Bosque da Ciência e do Circuito da Ciência, Jorge Lobato, os amazônidas precisam conhecer bem a região em que vivem e esse conhecimento vai além do aprendizado para si, ele deve ser transmitido aos outros, à comunidade.

“As crianças vêm ao nosso encontro para obter bastante conhecimento e passam a ser os divulgadores desse conhecimento para a comunidade deles. É gratificante ver crianças e jovens transitando na programação tão especial como essa”, disse Lobato.

Ainda segundo o coordenador essa “caravana do saber” serve para “oxigenar o cérebro das crianças com o conhecimento” e aprender com os pesquisadores que saíram de suas bancadas e passaram a transmitir informações de suas pesquisas a cada circuito.

“O Inpa deixou de ser aquela instituição que os pesquisadores doutores só se comunicavam com os doutores. Os doutores do Inpa hoje também aprenderam a se comunicar e a socializar de uma forma mais didática e acessível ao público. Então, por isso que todo mês esse projeto promove essa caravana do conhecimento”, destacou Lobato.

Dengue e Malária

Um dos stands que chamam a atenção da criançada é o que fala sobre Malária de Dengue, doenças que são comuns nas regiões tropicais, mas que muitas vezes contam com a desinformação da população. Segundo o pesquisador do Laboratório de Malária e Dengue, Hugo Mesquita, é interessante como as crianças ficam ao ver os mosquitos e a curiosidade que eles demonstram.

“A gente vai dando uma pincelada, mostrando o material vivo, como os mosquitos interagem, onde eles colocam os ovos, que esses ovos são resistente”, disse Mesquita. “Eles não faziam ideia de que um ovo de carapanã dura um ano sem água e depois quando chove, com a água eles eclodem. Como ponto de partida para tudo isso, esse projeto, o Circuito da Ciência é muito importante”, completou.

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