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Petição contra a mortandade de botos será entregue à Comissão de Meio Ambiente da Aleam

  • Publicado: Terça, 19 de Agosto de 2014, 20h00
  • Última atualização em Quinta, 16 de Abril de 2015, 09h17

 

São mais de 54 mil assinaturas de várias partes do mundo pedindo o adiantamento da decisão ministerial de proibir a venda e comercialização da piracatinga, peixe capturado com carne de boto e jacaré. A iniciativa do abaixo-assinado foi da Ampa, em parceria com o Inpa/MCTI

Por Séfora Antela – Ascom Ampa

 

A campanha “Alerta Vermelho” (www.alertavermelho.org.br) vem mobilizando as redes sociais há pelo menos quatro semanas. Ela cresceu de forma viral e se espalhou pela rede e já recebeu mais de 54 mil assinaturas da petição online para o fim do massacre ao boto da Amazônia. A iniciativa partiu da Associação Amigos do Peixe-boi (Ampa), que recebe incentivos da Petrobras, e do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), que por meio do Projeto Boto, atua há mais de 30 anos com pesquisas sobre esses mamíferos.

De norte a sul do Brasil, da Austrália, Estados Unidos, Alemanha, Uruguai, Argentina, Canadá, Chile, Portugal e Malásia, amigos e familiares se uniram e encaminharam o pedido para o poder público para o adiantamento da moratória de pesca da piracatinga (Calophysus macropterus), divulgada no Diário Oficial da União, no dia 18 de julho deste ano, pelos Ministérios de Pesca e Agricultura e Meio Ambiente. A moratória prevê a suspensão da pesca e comercialização da piracatinga, a partir de janeiro de 2015. Mas, pesquisadores, ambientalistas e os ativistas virtuais desejam a “Moratória JÁ e não em JA-NEIRO” para evitar a morte de mais 4.200 botos na Amazônia.

“Sou de Brasília. Assinei a petição, encaminhei para minha lista de e-mails e divulguei na mídia social da qual faço parte. Sou advogada e fã da natureza. Quanto ao boto, sempre acompanhei a espécie desde a minha infância e meu coração se enche de tristeza só de pensar nessa tragédia que se consuma a cada dia. Não tem explicação para tamanha barbaridade”, desabafa a ativista e advogada Carolyne Lobão.

Assim como a assinatura de Carolyne, a de mais de 54 mil pessoas, de várias partes do mundo, chegarão amanhã (21), às 11h, ao presidente da Comissão de Meio Ambiente da Assembléia Legislativa do Amazonas (Aleam), deputado Luiz Castro, filiado ao Partido Popular Socialista (PPS), com o intuito de pedir uma posição do poder público local, quanto à questão. A solenidade acontecerá na sala Andirá, na sede da Aleam, na Av. Mário Ipyranga Monteiro (antiga Recife), nº 3.950, zona centro-sul de Manaus. No dia 2 de setembro, a petição chegará em Brasília, nos Ministérios da Pesca e Aqüicultura e Meio Ambiente, por meio de representantes da Ampa e Inpa/MCTI.

Por que da moratória?

O objetivo da cessação temporária é para a realização de estudos e avaliações para identificar técnicas e métodos ou alternativas produtivas ambiental, econômico e socialmente viáveis e sustentáveis para o exercício e controle da atividade pesqueira da piracatinga; uma vez que, atualmente, grande parte da captura de piracatinga é feita com carne de jacaré e boto-vermelho, também conhecido como boto cor-de-rosa, que é um animal protegido por lei, desde 1967. O período de pesca da piracatinga, vendida comercialmente com os nomes de douradinha, piratinga ou pirosca, ocorre durante a vazante na Amazônia central, que inicia no mês de junho e vai até fevereiro.

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