Projeto de aproveitamento de alimentos é destaque em Workshop de Tecnologia Social
Entre as tecnologias apresentadas nos estandes, estava a de aproveitamento integral do cubiu, com degustação de molho, geleia de cubiu e ainda o suco do fruto
Por Fernanda Farias – Ascom Inpa
Com o intuito de buscar soluções tecnológicas práticas e de baixo custo que melhorem a qualidade de vida da população, o Workshop de Tecnologia Social, promovido pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), realiza até esta terça-feira a 3ª edição do evento propagando a sustentabilidade social, no auditório Eulálio Chaves da Universidade Federal do Amazonas (Ufam).
Participaram da mesa de abertura nesta segunda-feira o diretor substituto do Inpa, Estevão Monteiro de Paula; os coordenadores de foco de pesquisa do Inpa Paulo Maurício Graça (Dinâmica Ambiental), Cláudio Ruy (Biodiversidade) e Adrian Pohlit (Tecnologia); a Secretária de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (SDS), Kamila Amara; a Pró-Reitora de Inovação Tecnológica, Socorro Chaves; e ainda o representante da Suframa, Vítor Cesar.
Para o diretor Estevão Monteiro de Paula, o Inpa responde bem às expectativas que a sociedade tem com o instituto. “Esse workshop mostra a consolidação das nossas atividades com a população, pois nesses quatro anos que estamos trabalhando com a tecnologia social, cada vez mais o instituto consegue integrar a ciência, a tecnologia e a inovação a favor da sociedade”, comentou.
Tecnologia Social
O Inpa possui 23 projetos registrados como tecnologias sociais e alguns deles estão em exposição durante o evento. Um dos destaques é o estande de aproveitamentos de alimentos, realizado pelo laboratório de Tecnologia de Alimento, utilizando o cubiu.
“O cubiu ainda é um fruto pouco conhecido e não costuma fazer parte da alimentação do manauara, mais por falta de conhecimento mesmo de grande parte da população, que acaba não se beneficiando das propriedades alimentares do fruto”, comentou Hellem Araújo, do Laboratório de Tecnologia de alimentos.
Para Araújo, o cenário só mudará com uma maior divulgação do fruto. “Apenas dessa forma as pessoas começarão a aproveitar melhor o cubiu na sua alimentação, pode ser em forma de geléia, molho, suco, dentre outros”, disse.
Além disso, várias outras tecnologias sociais que o instituto desenvolve são destaques, como o aproveitamento de madeiras caídas para confecção de pequenos objetos, o uso de resíduos florestais (folhas e casacas de frutos) para produção de material verde para construção civil (tijolos, chapas para forros e divisórias), papéis alternativos a partir de resíduos celulóicos – a exemplo da produção a partir da fibra de cauaçu -, criação de peixe em canais de igarapés, além da prevenção e controle da dengue, por meio da utilização da solução cravo-da-índia utilizada em vasos domésticos.
No final da solenidade o Grupo Indígena Bayaroá, da Comunidade São Pedro, localizada na BR 174, realizou uma apresentação cultural, simulando um ritual tradicional indígena.
Programação
Também fez parte da programação, a realização do mini-curso “Arranjos produtivos e construção de indicadores socioeconômicos na Amazônia”, por Francisco de Assis. Nesta terça-feira, a programação segue com a palestra da professora Irma Rossetto Passon, do Instituto de Tecnologia Social/MCTI de São Paulo, abordando as políticas públicas para a Inclusão Social: Avanços e Impasses; e a tarde (14h), o professor Marcelo Henrique da Costa, da Universidade Viga de Almeida/RJ, falará sobre o Desenvolvimento econômico solidário e sustentabilidade.
Acompanhe a programação.
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