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SBPC: Inpa mostra como utiliza instrumentos de socialização do conhecimento

  • Publicado: Domingo, 27 de Julho de 2014, 20h00
  • Última atualização em Quarta, 15 de Abril de 2015, 11h02

 

AS tecnologias sociais, o projeto Circuito da Ciência e o Bosque da Ciência são algumas das atividades de levar o conhecimento produzido no Instituto para a sociedade

Por Luciete Pedrosa - Ascom Inpa

O pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), Carlos Bueno, em palestra realizada no domingo (27), dentro da programação da ExpoT&C da 66ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), mostrou projetos desenvolvidos e estratégias utilizadas para a socialização do conhecimento produzido no instituto.

De acordo com Bueno, que também é coordenador de Extensão do Inpa (COEX), a missão do Instituto prevê que se realize pesquisa sobre a Amazônia, forme pessoal especializado sobre a região e faça a disseminação dos conhecimentos gerados pelo instituto. “Na verdade, os conhecimentos muitas vezes são gerados numa linguagem bastante científica e temos que transformar esse conhecimento numa linguagem mais acessível para que um maior número de pessoas possa entender melhor e perceber como a Ciência faz parte do seu dia a dia”, diz.

O coordenador explica que a COEX trabalha com a questão do empreendedorismo com as Tecnologias Sociais, que são transformadas em resultados de apoio para as comunidades indígenas, os ribeirinhos e os moradores da cidade. “Mas o papel fundamental é a questão do número de pessoas para que tenham acesso à informação científica, à socialização desse conhecimento. Popularizar cada vez mais Ciência, Tecnologia e Inovação”, revela.

Segundo ele, para se chegar a esse objetivo há a necessidade de agregar diferentes pessoas, de diferentes religiões e idades, não só da Amazônia, para que tenham um melhor entendimento da importância da existência de instituições voltadas para gerar este tipo de informação.

A palestra de Bueno também buscou mostrar a experiência do Inpa em áreas de visitação. “Transformamos uma área da instituição numa área de visitação, cuja linguagem do material mostrado é entendível pela população como um todo nos seus diferentes níveis”, comenta o pesquisador.

Além disso, o pesquisador mostrou como o Inpa se utiliza de outras estratégias como forma de atingir um maior número de pessoas nas atividades desenvolvidas no instituto, a exemplo do Projeto Circuito da Ciência, que é realizado mensalmente no Bosque da Ciência, e o Projeto Show das Águas, que acontece uma vez por ano em diferentes municípios do Amazonas . Este ano, o show das Águas, no qual o Inpa é um parceiro, tem início nesta segunda-feira (28), em de Manaquiri, distante 60 quilômetros de Manaus.“Usando a lógica dentro do objetivo de inserir um maior número de pessoas nessas atividades, aqueles que não vêm ao Inpa nós vamos até eles”, comenta.

Outros eventos de socialização em que o Inpa participa, como a Reunião Anual da SBPC, a ExpoT&C, a Feira Internacional da Amazônia (Fiam), a Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, dentre outros, atingem cerca de 500 mil pessoas.

Para o pesquisador, considerando a realização da SBPC no Acre, a palestra, também, procurou motivar as pessoas de Rio Branco e de outras regiões para que levem o exemplo do Inpa de aproximar as instituições da população. O pesquisador cita como exemplo a área do Parque Zoobotânico, da Universidade Federal do Acre (Ufac), uma estrutura que o Inpa ajudou a construir, e que poderia ser uma experiência interessante associada a outras áreas de visitação, a exemplo do que acontece no Bosque da Ciência no Inpa, em Manaus.

De acordo com o pesquisador, o Bosque da Ciência, inaugurado em 1º de abril de 1995, recebeu em 19 anos cerca de 1,4 milhão de visitantes. No ano em que o bosque foi inaugurado, aproximadamente 52 mil pessoas visitaram aquele espaço. Em 2013, foram 140 mil visitantes.

“A aproximação das instituições com a população e esta com a natureza é essencial para que um entendimento da natureza esteja mais vivo e presente no interesse das populações, principalmente nos jovens que serão os futuros gestores da nossa Amazônia e do planeta terra”, conta o pesquisador.

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