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SBPC: Pesquisador do Inpa alerta para as consequências socioambientais das Usinas Hidrelétricas

  • Publicado: Domingo, 27 de Julho de 2014, 20h00
  • Última atualização em Quarta, 15 de Abril de 2015, 10h58

 

Um dos destaques da palestra foi as consequências que o desequilíbrio ambiental causará na fauna, flora e nos seres humanos

Por Fernanda Farias

Rio Branco (AC)

O pesquisador Philip Fearnside, participou no dia 26 de uma mesa-redonda sobre “As grandes obras de infraestrutura na Amazônia: o preço socioambiental do Progresso”, juntamente com a professora Andreia Zhouri da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG); o pesquisador Paulo Barreto, do instituto de pesquisa Imazon; e Eduardo Gudynas do Centro Latino Americano de Ecologia Social (Claes), no teatro da UFAC.

Durante o debate Fearnside destacou as Usinas de Tucurui, no Pará e a Usina de Balbina, no amazonas. “Tucurui, construída em 1984, levou várias consequências e grande impactos socioambientais, a usina inundou treze pequenas vilas, com isso, cerca de 23 mil pessoas foram desalojadas, inclusive inundou parte de uma reserva indígena, que perderam o acesso ao rio que os assistia de diversas maneiras”, explicou.

Em relação à Usina Hidrelétrica de Balbina, o pesquisador explica que se trata de uma construção que não rende nada para a economia, pois de acordo com ele, a quantidade de energia gerada por ela é mínima, de apenas 109 MW, sendo que a capital Manaus consome aproximadamente 1000 MW.

Desequilíbrio ambiental

De acordo com o pesquisador do Inpa, essas usinas causam impactos ambientais que prejudicaram de forma abrupta as populações dessa região. “Houve uma pesquisa, realizada por alguns cientista do Inpa, depois da criação da usina, observaram que houve um acumulo imenso de mosquitos naquela área, o estudo detectou que foram 600 picadas por hora”, relatou Fearnside.

Outro ponto alertado por Philip foi em relação a quantidade do mercúrio que as áreas alagadas podem concentrar, pois quando a floresta inundada se decompõe o mercúrio estocado nos solos seja liberado. “O mercúrio acumulado pelas usinas hidrelétricas é o dobro permitido pela OMS (Organização Mundial de Saúde), o que é extremamente prejudicial não apenas para a fauna e flora presentes, mas também para o ser humano, pois acabamos consumindo pescado contaminado por mercúrio”, explicou.

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