SBPC: Inpa/Acre participa de sessão de pôsteres com resultados de trabalhos em botânica e tecnologias de sementes
A mostra é resultados dos trabalhos desenvolvidos em parceria entre o Inpa/Acre e a Universidade Federal do Acre (Ufac)
Por Luciete Pedrosa
O Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (Inpa/MCTI), por meio do Núcleo de Apoio à Pesquisa do Acre (Napac), apresenta nesta 66ª Reunião da Sociedade Brasileira para o Progresso da Pesquisa (SBPC) 11 pôsteres com resultados de pesquisas nas áreas de botânica e tecnologias de semente florestais em parceira com a Universidade Federal do Acre (Ufac).
Um dos trabalhos que serão apresentados, trata da “Biometria dos frutos e sementes de sangue de grado” (Croton lechleri). O trabalho tem como um dos autores o pesquisador do Inpa/Acre, João Lopes Firmino, mestre em Tecnologia de Sementes pela Universidade Federal de Pelota (RS).
A pesquisa foi desenvolvida desde 2012, a partir de um projeto de Iniciação Científica da aluna de graduação em Engenharia Florestal da Ufac, Maria de Nazaré Silva de Mendonça, coorientada pelo pesquisador do Inpa, João Firmino. O estudo foi realizado no Parque Zoobotânico da Universidade Federal do Acre (Ufac) com o objetivo de avaliar a biometria (tamanho, largura e espessura) das sementes e frutos da espécie sangue de grado, também conhecida em outras regiões como sangue de dragão, para que os pequenos produtores da região do Acre possam se planejar para a produção em grande escala de mudas dessa espécie.
Maria de Nazaré explica que a espécie foi escolhida para o desenvolvimento da pesquisa pelo fato da seiva dessa planta ter um alto valor medicinal e uma grande demanda comercial, sendo, inclusive, usada na indústria farmacêutica para a produção de produto fitoterápicos na forma de extrato líquidos, pílulas, xampus, cremes, entre outros.
Pelo conhecimento das populações tradicionais, a seiva de sangue de grado é utilizado para curar diversas enfermidades, como: dor de cabeça, tratamento de úlceras gástricas, diarreias, diversos vírus e também funciona como cicatrizante.
De acordo com a pesquisa, o látex dessa planta apresenta um alcalóide (conjunto de sustâncias) chamado taspina conhecido por suas propriedades anti-inflamatórias, antibióticas e cicatrizantes muito utilizado na medicina tradicional do amazônida.
A mostra de pôsteres, que iniciou na tarde no dia 24 de juhlo, prossegue até neste sábado (26), no campus da UFAC.
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