SBPC: Inpa participa de mesa redonda sobre arranjos institucionais de inovação
A mesa redonda contou com a presença do pesquisador do Inpa Carlos Bueno, que apresentou o funcionamento do Instituto e aspectos relacionado às pesquisas e patentes
Por Juan Mattheus e Raíza Lucena/colaboradores Ascom
Rio Branco (AC)
Divulgar o diferencial do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) e sua importante contribuição para os trabalhos de pesquisa de inovação. Esse foi um dos objetivos centrais da palestra “A relação Governo-Academia-Empresa: Uma articulação e a atuação dos arranjos institucionais de inovação para atender as demandas do mercado”, a qual participaram o coordenador de extensão do Inpa, Carlos Bueno, o secretário nacional de desenvolvimento tecnológico e inovação (Setec) do MCTI, Álvaro Prata e o secretário de ciência e tecnologia do Estado do Acre (Sect), Marcelo Minghelli.
Bueno apresentou aos participantes da palestra o funcionamento do Instituto e aspectos relacionado às pesquisas e patentes, que já somam 69 pedidos de patentes e 166 produtos de processos protegidos. “Temos um número gigantesco de pesquisas e produtos em constante estudo. Um exemplo são os mix de produtos a base de buriti e pupunha desenvolvidos no Inpa. A empresa incubada ao Inpa, Nectar, que desenvolve a farinha de pupunha, já possui demanda comercial de 4 toneladas”, explicou.
O pesquisador ainda ressaltou a importância que tem este relacionamento entre os institutos de pesquisas e as empresas privadas. “É imprescindível os empreendedores terem acesso às pesquisas tecnológicas, pois apenas com essa parceria podermos levar para toda população melhorias e benefícios reais das bancadas dos laboratórios do instituto”, acrescentou Bueno.
Em palestra o secretário nacional de desenvolvimento tecnológico e inovação, Álvaro Prata, discursou sobre o não envolvimento de empresas no desenvolvimento da ciência e tecnologia quando se há recursos disponíveis do governo para tal. “Há uma boa ciência no país, entretanto há um descompasso entre essa ciência e os benefícios voltados para a economia e sociedade”, disse.
O secretário ainda citou os desafios a serem superados pelo país, sendo algum deles: a cultura científica e inovadora ainda pouco difundida; o empreendedorismo tecnológico, que no ponto de vista de Prata, é incipiente; a presença de pesquisadores e cientistas apenas nas universidades; e o setor industrial que investe pouco em desenvolvimento.
A respeito do modelo de desenvolvimento de ciência e tecnologia no Acre, Marcelo Mingheli contou sobre a base de formação do projeto, que será aplicado depois de 16 anos da institucionalização do Estado. “Nossos três pilares bases utilizados são formação, infraestrutura e fomento e para que esse sistema seja colocado em prática, é necessário ter um corpo docente técnico, laboratórios bem definidos, que serão calcados na sustentabilidade e direcionados para a inovação”.
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