Circuito da Ciência realiza edição comemorativa aos 60 anos do Inpa
O projeto reuniu no Bosque da Ciência cerca de 300 crianças que tiveram uma manhã de aprendizado e contato com a natureza
Por Camila Leonel – Ascom Inpa
Na manhã desta sexta-feira (25), o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) abriu as portas do Bosque da Ciência para cerca de 300 alunos de quatro escolas públicas de Manaus. As crianças puderam aprender, brincar e estar em contato com a natureza em mais uma edição do Circuito da Ciência, que comemorou também os 60 anos de implantação do Inpa na Amazônia.
As escolas participantes dessa edição do circuito foram: Escola Estadual Nilo Peçanha (Centro); Escola Estadual Lucinda Félix de Azevedo (Japiinlândia); Escola Estadual Francisca Botinelly (Alvorada I); Oca do Conhecimento Ambiental/ Cidade do Leste (São José IV).
Os stands montados no Bosque abordaram diversos assuntos como higiene bucal, insetos invertebrados, vida de gavião real, mamíferos aquáticos, prevenção de doenças como Dengue e Leishmaniose, entre outros. Em cada sessão, as crianças podiam ver, tocar, brincar e principalmente aprender sobre a flora, fauna, conservação de recursos naturais além de ter contato com pesquisas que o Inpa vem realizando.
Para o Coordenador do Bosque da Ciência, Jorge Lobato, a 5ª edição do Projeto Circuito da Ciência "foi um dos mais significativos eventos organizados pela Coordenação de Extensão do Inpa e parceiros, superando todas as expectativas e objetivos esperados”.
Segundo a professora da Escola Nilo Peçanha, Antônia Lúcia, uma manhã de atividades como a que o circuito oferece é importante porque os alunos “podem comprovar o que os professores ensinam na sala de aula. “E serve ainda para aperfeiçoar o conhecimento, mostrar pra eles a prática, e eles gostam bastante. Isso é muito gratificante”, declarou a professora.
Ao passar pelos estandes e ouvir as explicações de pesquisadores, alunos do Inpa ou membros de outras instituições parceiras, era possível notar o interesse das crianças pelos assuntos e em descobrir o novo. Para Josué, aluno do 9° ano da Escola Estadual Francisca Botinelly, o projeto é divertido e se oportuniza o aprendizado.
“A gente passou por um estande em que o pessoal ensinava a gente a extrair DNA e a gente aprende e se diverte ao mesmo tempo. É uma coisa muito legal e isso é um incentivo pra quem quer aprender e também desperta na gente uma vocação, principalmente pra quem quiser ser cientista. Pode ser uma coisa pequena, mas a gente vai levar pra vida toda. Talvez saia daqui um cientista que vai mudar o planeta”, contou Josué.
Para a assessora pedagógica da coordenadoria das Ocas do Conhecimento Ambiental, Michelle dos Santos, é uma “aula” que tem um diferencial e que deveria ser feita mais vezes.
“É uma aula viva que a gente tem o prazer de trazer as crianças aqui para vivenciar o que está acontecendo hoje: pegar nas aranhas, ver as plantas da região, a biodiversidade, o peixe-boi. O diferencial maior está por conta disso: deles poderem ver in loco e saber que a gente tem que preservar essa biodiversidade que é tão grande aqui dentro e que eles gostam” disse.
Se por um lado, crianças e professores que participaram do circuito acharam proveitoso e divertido o aprendizado, os alunos e pesquisadores que ministravam as oficinas também acharam positiva a experiência de transmitir conhecimento aos pequenos.
Para a estudante do 4° período de engenharia ambiental da Fametro, Rebeka Bello, que participa pela quinta vez do circuito no estande “Reutilização de Resíduos de Material da Construção Civil”, é importante passar o que ela aprende na faculdade para as crianças já que sai um pouco da linguagem séria e técnica da faculdade. “Aqui a gente tem que usar outra linguagem, mas é muito legal porque a gente pode passar de uma forma simples aquilo que a gente estuda e que não é tão simples”, disse.
Projetos do Inpa
Outra oportunidade que os alunos têm é descobrir e conhecer sobre as pesquisas que o Inpa realiza. Uma dessas pesquisas era de “Tecnologias Sociais” onde estava sendo exposto o Água Box, que é uma tecnologia desenvolvida pelo Inpa que consiste num aparelho que elimina germes e bactérias da água utilizando energia solar.
Para o técnico em extensão rural, Gário Florêncio, que estava explicando para os alunos sobre o água Box, as crianças acham interessante o trabalho que Inpa desenvolveu. “Tem muitas coisas aqui para as crianças que são novidades, que eles estão vendo pela primeira vez e então quando a gente explica esse novo processo eu percebo que eles ficam bastante surpresos”, disse.
O técnico conta que já fez estágio no Inpa e que na época se sentia gratificado por estar aprendendo sobre a região amazônica e para ele o Circuito da Ciência atua “como uma forma no despertar da consciência da população e dos alunos pra tomar conta das coisas que são nossas. E eu me sinto bastante gratificado de poder transmitir alguma coisa do que eu já aprendi e continuo aprendendo”.
O Bosque
O Bosque da Ciência funciona de terça-feira a sexta-feira das 9h às 12h e das 14h às 1630 (entrada). Sábados, domingos e feriados das 9h às 16h. Na segunda-feira o Bosque é fechado para manutenção. A entrada custa R$ 5. Crianças até dez anos, idosos a partir de 60 anos e grupos religiosos, comunidades carentes agendados previamente não pagam. A solicitação pode ser feita via ofício. Mais informações pelos telefones (92) 3643-3192/ 3312/ 3293.
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