Exposição “Ilustrações da Flora e da Fauna” entra em cartaz no Inpa
O ilustrador científico Haroldo Ayres traz ao público cerca de 200 prachas em papel reutilizado com ilustrações que retratam borboletas, anfíbios, aves, répteis, anfíbios e primatas da Amazônia e do mundo
Por Cimone Barros – Ascom Inpa
Entra em cartaz nesta sexta-feira (25) a exposição “Ilustrações da Flora e da Fauna” do artista plástico Haroldo Ayres, 62, que reúne gravuras utilizando a pirogravura e o lápis de cor, técnicas praticamente esquecidas pelas gerações atuais. As gravuras retratam espécies da fauna e da flora da Amazônia e do mundo que são exóticas, extintas e em risco de extinção.
O público pode conferir a mostra do artista até o dia 29 de agosto, no Paiol da Cultura do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/ MCTI), com entrada pelo Bosque da Ciência, localizado na Rua Otávio Cabral, S/nº, bairro Petrópolis.
Resultado de cinco anos de trabalho, Ayres traz ao público cerca de 200 pranchas feitas de papelão reutilizado com gravuras de borboletas, anfíbios, aves, primatas e répteis. Este ano Ayres completa 40 anos de Artes Plásticas.
Fonte de informação para a produção científica, antes da descoberta da fotografia, por exemplo, era comum os artistas acompanharem as expedições científicas com o propósito de retratar a fauna, a flora, paisagens entre outros aspectos da biodiversidade de determinada região, inclusive da Amazônia.
“A ilustração científica é um apoio à produção científica, sendo utilizada mais especificamente para retratar características e destaques da espécie. Isso, muitas vezes, a fotografia não consegue alcançar porque há outros fatores que influenciam como luz e tempo”, conta Ayres, que foi ilustrador científico do Inpa entre 1974-1984 e há 16 anos faz exposição no Instituto, além de ter participação no projeto Circuito da Ciência ensinando as crianças a fazerem papel reciclado.
A mostra de Ayres faz uma homenagem a três cientistas: o naturalista britânico Charles Darwin (1809-1882), o naturalista, geógrafo e antropólogo britânico Alfred Wallace (1823-1913) e o engenheiro, naturalista e botânico brasileiro João Barbosa Rodrigues (1842-1909), que foram homens que deram grandes contribuições à ciência e utilizavam para registrar a descobertas de novas espécies as técnicas que apresentadas atualmente por Ayres.
João Barbosa Rodrigues é considerado o pai da ilustração científica no Brasil. Um dos trabalhos mais conhecidos dele que data do século XIX é sobre as orquídeas do Brasil. Ele veio ao Amazonas em 1871, onde passou três anos, período no qual descobriu e descreveu 72 espécies de palmeiras. O resultado do trabalho pode ser encontrado na publicação Enunmeratio Palmarum Novarum.
Bosque da Ciência
O espaço funciona de terça-feira a sexta-feira das 9h às 12h e das 14h às 1630 (entrada). Sábados, domingos e feriados das 9h às 16h. Na segunda-feira o Bosque é fechado para manutenção. A entrada custa R$ 5. Crianças até dez anos, idosos a partir de 60 anos e grupos religiosos, comunidades carentes agendados previamente não pagam. A solicitação pode ser feita via ofício. Mais informações pelos telefones (92) 3643-3192/ 3312/ 3293.
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