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Iniciação Científica é importante para preparar pesquisadores na Amazônia, diz Higuchi

  • Publicado: Domingo, 13 de Julho de 2014, 20h00
  • Última atualização em Quarta, 15 de Abril de 2015, 10h05

 

Pesquisador do Inpa, Niro Higuchi, fez a afirmação durante a abertura do III Congresso de Iniciação Científica do Inpa, nesta segunda-feira

Por Luciete Pedrosa – Ascom Inpa

Durante a abertura do III Congresso de Iniciação Científica (Conic) do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), nesta manhã, o pesquisador Niro Higuchi, do Laboratório de Manejo Florestal do Inpa, proferiu a palestra “A Iniciação Científica no ambiente de pesquisa”. O pesquisador falou para os bolsistas sobre a importância do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic) no sentido de sensibilizá-los e mostrando que este programa é imprescindível para garantir a continuidade das pesquisas.

O CNPq foi brilhante ao criar o Pibic, há mais de 20 anos. É um programa que deu certo e tende a se perpetuar”, comentou Higuchi, acrescentando que uma única geração de pesquisadores não será capaz de entender todas essa complexidade dos ecossistemas que é trabalhado no instituto.

Higuchi explica que é preciso formar outras gerações de pesquisadores que precisam ser preparadas. “Não tem um programa melhor do que o Pibic para preparar as próximas gerações para dar continuidade ao nosso trabalho. O nosso trabalho não pode parar. Precisamos garantir que os nossos sucessores deem continuidade àquilo que nós começamos”, ressaltou o pesquisador.

A abertura do III Conic contou com a participação do diretor substituto do Inpa, Estevão Monteiro de Paula; do representante do Comitê Externo do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Luciano Lião; da diretora Técnico Científica da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), Andrea Waichman; e da coordenadora Institucional do Pibic do Inpa ecoordenadora de Capacitação do mesmo Instituto, Beatriz Ronchi Teles.

O III Conic acontece no Auditório da Ciência, no Bosque da Ciências do Inpa, e prossegue até a próxima sexta-feira (18), reunindo 211 trabalhos produzidos por bolsistas e orientadores das diversas áreas de pesquisas desenvolvidas por meio do Programa de Iniciação Científica do Inpa, realizado em parceria com o CNPq e a Fapeam.

Durante o evento acontecerá apresentações orais dos resultados dos trabalhos dos bolsistas Pibic/CNPq, Paic/Fapeam 2013-2014, além de exposição de pôsteres para bolsistas de Iniciação Científica Tecnológica (IT) do Inpa e ex-bolsistas do Pibic/Paic, que estão envolvidos em projetos de pesquisa no instituto.

O Pibic visa apoiar a política de Iniciação Científica desenvolvida nas Instituições de Ensino e/ou Pesquisa, por meio da concessão de bolsas de Iniciação Científica (IC) a estudantes de graduação integrados na pesquisa científica. O Pibic tem, dentre outros objetivos, despertar a vocação científica e incentivar novos talentos entre estudantes de graduação.  

Para Luciano Lião, representante do Comitê Externo do CNPq, o Inpa tem um importante papel na região e espera que isso se consolide cada vez mais. “A Amazônia está localizada num sistema de alta biodiversidade e isto é fundamental para o País. O entendimento dessa biodiversidade por alunos e pesquisadores neste cenário é importantíssimo e é muito satisfatório ver um número tão grande de alunos envolvidos nisso e isso me chamou a atenção”, conta Lião.

Segundo ele, outro fator que chamou a atenção foi ver o auditório do Inpa lotado por pessoas interessadas em Ciência. “Isso nos salta aos olhos. É sinal que alguma coisa importante está sendo feita”, disse.

Experiência

Para a bolsista do Pibic/Inpa em Ciências Sociais Humanas e Aplicadas, Damaris Paz, a experiência no Pibic foi bem positiva. A graduanda de Ciências Naturais, da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), conta que durante os dois anos em que atuou como bolsista no Inpa, tendo como orientadora a pesquisadora Maria Inês Higuch, aprendeu muito com a pesquisa o que a influenciou no seu desempenho na Faculdade.

“Aprendi muito e, principalmente, aprendi como agir profissionalmente como futura pesquisadora. Isso também serviu de estímulo para seguir carreira”, revela Damaris, que após terminar a graduação pensa em fazer mestrado e doutorado, porque a experiência lhe permitiu ver o lado positivo e negativo da carreira de pesquisadora. “Foi só uma iniciação, um processo de treinamento de se tornar um profissional, mas serviu para dar um incentivo de que você é capaz e consegue fazer pesquisa dentro da Amazônia”, disse.

Pôster

Wanderlei Souza Sampaio, estudante do curso tecnológico de Agroecologia do Instituto Federal do Amazonas (Ifam) Campus Zona Leste, bolsista da Fapeam e um dos apresentadores de pôsteres no III Conic, mostrou o resultado positivo na produção de pimenteiras da espécie Capsicum chinense L.

O bolsista apresentou o trabalho “A avaliação de variedades da espécie Capsicum chinense L. com o uso do sistema orgânico de produção” utilizando estercos de gado e de galinha juntamente com dois estercos comerciais (Genosolo e Provaso), o que promoveu um crescimento significativo a partir do sexto dia de produção dessas pimenteiras.

Para a pesquisa, foram estudadas as variedades de Pimenta Murupi, Murici-do Pará e Pimenta-de-Cheiro, durante o período de agosto de 2012 a julho de 2013. A orientação do bolsista foi do pesquisador do Inpa, Danilo Fernandes da Silva Filho.

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