Embaixadora dos EUA promete em visita ao Inpa retomar o Science Camp – Elas na Ciência

Liliana Ayalde se comprometeu em reativar o projeto que proporcionou conhecimento sobre as profissões ligadas à ciência para a inserção de um número maior de mulheres nessa área

Por Luciete Pedrosa – Ascom Inpa

Em visita ao Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), a embaixadora dos Estados Unidos no Brasil Liliana Ayalde prometeu reativar o projeto Science Camp - Elas na Ciência, que tinha como objetivo incentivar meninas de escolas públicas norte-americanas a interagirem com as meninas brasileiras a vivenciarem o mundo científico. Patrocinado pela embaixada do EUA, das 92 contempladas no ano passado, 15 eram alunas do Ensino Médio do Amazonas, bolsistas do Programa de Iniciação Científica Júnior do Inpa.

“Vamos tentar fazer outra vez o Science Camp. Fico comprometida em retomar esse projeto”, afirmou a embaixadora Ayalde, que conheceu na última segunda-feira as instalações do Inpa, em Manaus, e disse que ficou “impressionada com o que viu”. Esta é a primeira vez que a  embaixadora vem ao Inpa.

O Science Camp buscou levar conhecimento sobre as profissões ligadas à ciência para a inserção de um número maior de mulheres nessa área. Em visita ao Inpa, em março de 2013, as meninas de 14 a 17 anos participaram de atividades e oficinas científicas em laboratório do Instituto, reserva Adolpho Ducke e viagens pelos rios Negros e Solimões.

A embaixadora conheceu uma parte do trabalho desenvolvido pelo Instituto e acenou com futuras parcerias. “Já existem algumas parcerias e sempre há oportunidade de se procurar fazer mais conexões, porque o interesse é alinhar a oferta com a demanda. Vamos ver”, disse Liliana Ayalde. “No campo da ciência sempre há muito interesse, e aqui na Amazônia há uma área muito especializada e temos o interesse e possibilidade de se ampliar as parcerias”, completou.

Ayalde foi recebida pelo diretor substituto do Inpa, Estevão Monteiro de Paula, que responde oficialmente pelo Inpa até a nomeação do novo Diretor; pelo chefe de Gabinete, Sérgio Guimarães; pela pesquisadora Vera Silva, pelo coordenador de Extensão, Carlos Bueno; e pelo coordenador de Cooperação e Intercâmbio, Niwton Leal Filho.  

Cooperação

Os EUA e o Brasil, por meio do Inpa, têm mantido uma longa história de cooperação entre as instituições americanas e brasileiras, principalmente com o Inpa quando se trata de Amazônia. O projeto Green Ocean Amazon (GOAmazon) conta com esse tipo de parceria. O GOAmazon é um projeto observacional que busca avançar na compreensão dos processos que produzem chuva na região dos trópicos úmidos e medir os níveis de poluição na área urbana de Manaus e sua influência no ciclo de vida das nuvens.

“O objetivo dessa visita é aproximar e conhecer os projetos em comum e em cooperação com entidades norte-americanas visando estreitar e ampliá-las para o futuro”, contou o coordenador de Cooperação e Intercâmbio, Niwton Leal Filho. 

A embaixadora demonstrou interesse pelos trabalhos desenvolvidos pelo Inpa. Ela fez uma série de perguntas aos gestores do Instituto e várias anotações. “Isso aqui é fantástico! Dá para voltar e voltar muitas vezes”, declarou Liliana, acrescentando que as oportunidades de se fazer parcerias são grandes.

“A questão agora é procurar as alianças com diferentes parceiros. E agora eu sei o que falar sobre o Inpa quando as pessoas me visitarem na embaixada para procurar onde fazer essas conexões para futuras parcerias”, revelou. 

Segundo Ayalde, ela não imaginava que o Inpa fizesse “um trabalho tão grandioso” nas diversas áreas, especialmente com relação à biodiversidade e com o aparato de tantos especialistas. “O trabalho é bem mais amplo do que eu imaginei”, disse a embaixadora que também conheceu o trabalho que o Inpa desenvolve com os peixes-bois.