Ir direto para menu de acessibilidade.
Portal do Governo Brasileiro
Você está aqui: Página inicial > Últimas Notícias > Inpa é a sétima instituição em pesquisas no Brasil, diz pesquisa da Holanda
Início do conteúdo da página
Notícias

Inpa é a sétima instituição em pesquisas no Brasil, diz pesquisa da Holanda

  • Publicado: Terça, 03 de Junho de 2014, 20h00
  • Última atualização em Quarta, 15 de Abril de 2015, 09h31

 

O ranking foi elaborado pela Universidade de Leiden, na Holanda, e levou em conta o impacto das pesquisas acadêmicas produzidas pelas instituições. No topo está a Fiocruz.

Por Camila Leonel – Ascom Inpa

O Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/ MCTI) ocupa a sétima colocação no ranking que determinou as melhores instituições brasileiras em produção científica. O levantamento feito pela Universidade de Leiden, na Holanda, levou em consideração a produção científica de cada instituição e o impacto que esses trabalhos causaram - o quanto esse trabalho é citado por outros cientistas.

De acordo com matéria publicada no site do jornal Folha de São Paulo, a metodologia da Universidade, que é conhecida desde 2011 para classificar universidades internacionalmente, foi feita a partir do levantamento de produção científica de cada instituição e quanto mais trabalhos de grande impacto, mais pontos eram acumulados. A instituição holandesa também levou em consideração a quantidade de trabalhos com colaboração internacional.

No topo do ranking aparece a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), seguido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). A pesquisa também levantou relevância de pesquisas de hospitais e universidades.

A proposta do ranking surgiu da organização do EBBC (Encontro Brasileiro de Bibliometria e Cienciometria, área que estuda dados de produção científica) e os resultados foram apresentados durante o congresso que ocorreu entre os dias 12 e 14 de maio na Universidade de Pernambuco (UFPE).

Para a Coordenadora de Pesquisa e Acompanhamento das Atividades Finalísticas  do Inpa (CPAF), a Hillândia Brandão, esse reconhecimento é reflexo do novo momento que o Inpa, uma instituição que completa 60 anos em 2014, vive. Para ela, a captação de recursos melhorou a infraestrutura de laboratórios e de equipamentos.

De 2006 a 2013, foram investidos no Inpa aproximadamente R$ 173 milhões, cerca de 40% oriundos da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam), 45% do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e o restante de outras fontes financiadoras e fomentadoras. No mesmo período, o Instituto publicou 4.058 artigos, mais de 800 foram publicações indexadas, ou seja, de alto impacto.

“Hoje nós temos instrumentos de ponta competindo com as melhores universidades e institutos tanto daqui como com os de fora. Nós temos capacidade tanto de pessoal e agora de equipamentos, que antes nós não tínhamos. Isso se deve muito a esse momento, visto que o Inpa passou por uma nova estruturação”.

Conforme Brandão, com essa nova formação que saiu de 12 coordenações para quatro focos de pesquisa, o Inpa conseguiu trabalhar melhor as questões e ouvir cada vez mais a demanda da sociedade, de socialização do conhecimento à aproximação das empresas. “O Inpa passou a ter um olhar externo e a se aproximar mais da sociedade. Ele conseguiu popularizar a ciência e o conhecimento. Considerando que nós temos uma carência de doutores na região Amazônica, temos aqui sete pesquisadores em altíssimo nível. Isso mostra a importância desse Instituto e o reconhecimento nacional e internacional das pesquisas que são realizadas aqui”, destacou.

Dos 13 pesquisadores de bolsa produtividade de nível 1A do CNPq na região Norte - o mais alto nível no país-, sete do Amazonas e todos são do Inpa – Adalberto Val (diretor do Inpa), Philip Fearnside, William Magnusson, Richard Vogt, Niro Higuchi, Albertina Lima e Neusa Hamada. Os outros seis pesquisadores que fazem parte desse seleto grupo são do Pará, sendo um do Instituto Evandro Chagas e cinco da Universidade Federal do Pará (UFPA). 

O Inpa

O Instituto de Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa) foi criado em 1952 e implementado em 1954. Em 60 anos de funcionamento, o Instituto vem realizando estudos científicos do meio físico e das condições de vida da região amazônica para promover o bem-estar humano e o desenvolvimento socioeconômico regional. O Inpa é reconhecido internacionalmente pela pesquisas sobre a fauna e a flora da maior floresta tropical do mundo.

Com sede em Manaus, o Inpa possui núcleos de pesquisa dos Estados do Acre, Roraima, Rondônia e Pará, contando com coordenações gerais de Capacitação, Administração, Ações Estratégicas, Extensão, e quatro Coordenações de Pesquisas atuando nos seguintes focos: Dinâmica Ambiental; Sociedade, Ambiente e Saúde; Tecnologia e Inovação e Biodiversidade.

Ao longo dos anos, o Inpa tem avançado na produção científica e na capacitação de pessoal.  Em 40 anos a pós-graduação formou mais de 1900 mestres e doutores, sendo que 70% permanecem na Amazônia. Entre os anos de 2006 e 2013, foram investidos R$ 3.171.472,99 para capacitação de pessoal.

O Inpa também tem avançado em projetos de cooperação com instituições nacionais e internacionais. São 1.487 programas, projeto e ações com instituições nacionais e 204 projetos de cooperação com institutos internacionais. Outro avanço ocorreu na área de produtos e processos protegidos. Com um crescimento de 600% em oito anos. O Inpa fechou 2013 com 64 pedidos de patentes.

Além das pesquisas, o Inpa também se preocupa com a socialização da ciência, através das áreas de visitação, das transferências de tecnologias sociais para as comunidades e da aproximação com o setor produtivo, via incubadora de empresas.

Esse desejo de aproximar a ciência da sociedade virou realidade com a criação do Bosque da Ciência em abril de 1995, durante as comemorações de 40 anos do Instituto. Com uma área de 13 hectares, o bosque é aberto à visitação do público e tem o objetivo de fazer a difusão científica e educação ambiental através do contato com a fauna e flora da região, de exposições e projetos como o Circuito da Ciência, que todo mês recebe 300 estudantes para oficinas e atividades temáticas. De 2006 a 2013, mais de 800.000 pessoas passaram pelo Bosque.

registrado em:
Fim do conteúdo da página