Artista de Junk art faz exposição sobre a floresta Amazônica no paiol da cultura do Inpa
Exposição “Tupã-Baé - a Amazônia em Teatro e Magia” da artista Liduína Moura, que já passou por Brasília, possui intervenções artísticas que utiliza diversas técnicas, como a mistura de indígenas, brancos e negros para retratar o universo místico da floresta e dos contos amazônicos
Por Camila Leonel – Ascom Inpa
Em cartaz no Paiol da Cultura, que fica no Bosque da Ciência do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), a exposição “Tupã-Baé - a Amazônia em Teatro e Magia”, da artista plástica e publicitária Liduína Moura, traz uma visão abrangente da cultura, do folclore e do misticismo amazônico dentro de um contexto sustentável. A exposição segue até o dia 06 de julho com diversas intervenções e técnicas que mostram as divindades e os mitos da floresta conectados com elementos multiculturais.
Liduína é artista pastigrafi, uma mistura artes plásticas e grafismos. Conforme a artista, uma das técnicas trabalhadas por ela, que é bem perceptível nos trabalhos expostos, é a “junk art'', uma corrente sustentável que tem como matéria-prima resíduos urbanos, como garrafas plásticas, pinchas, anéis de latinhas, papel, e resíduos naturais como sementes, gravetos, jutas, cipós e bambus.
“Essa exposição é uma declaração de amor ao Amazonas e à cultura de um modo geral, sendo esse amor pela floresta a fonte de inspiração para criar os quadros, oráculos, livros, tarôs e bonecas que são arquétipos de lendas e contos amazônicos”, revelou Liduína.
Nesse cenário, a artista buscou representar Tupã-Baé ou a Terra de Deus, juntando o Deus dos brancos, o Tupã dos índios e o Olorum dos negros, criando um espaço que retrata o sagrado para essas três culturas com influências orientais também.
A exposição que já passou por Brasília, permanecerá durante 40 dias no paiol e nesse período contará com lançamentos de livros e de Histórias em Quadrinhos de peças com releituras regionais como Romeu e Julieta, tendo como pano de fundo o festival de Parintins. “Os livros são uma forma das pessoas levarem um ‘pedaço’ da exposição para casa”, contou a artista.
Em relação ao local escolhido, Liduína destaca que queria que seu trabalho fosse exposto em um lugar que tivesse a mesma essência do seu trabalho, que é a sustentabilidade. “Seria incoerente eu expor num lugar que não estivesse na mesma corrente. Eu até resumo que nunca a natureza segue um caminho e a sabedoria outro. Então, tendo esse exemplo é mais do que pertinente eu expor aqui no Inpa porque tem essa mesma filosofia de sustentabilidade que tem o meu trabalho”, declarou.
O Bosque da Ciência
O Bosque da Ciência está localizado na rua Otavio Cabral, s/nº, Petrópolis (nas dependências do campus I do Inpa), zona Sul de Manaus. O espaço fica aberto para visitação de terça a sexta-feira, das 9h às 12h, e das 14h às 16h30 (entrada). Aos sábados, domingos e feriados, das 9h às 16h (entrada). O ingresso custa R$5,00. Crianças até 10 anos e idosos com mais de 60 anos não pagam. As visitas de grupos escolares agendados têm entrada franca, porém é necessário fazer solicitação por meio de ofício. Mais informações podem ser obtidas pelos telefones (92) 3643-3192/3312/3293.
Redes Sociais