Inpa realiza última reunião do CTC da atual gestão e sinaliza para a realização de novo concurso
Os conselheiros se reuniram para discutir os principais avanços e metas alcançadas pelo Inpa no período de 2006 a 2014
Por Luciete Pedrosa – Ascom Inpa
Foto: Henrique Lima
O Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) realizou na terça-feira (20) a última reunião do Conselho Técnico-Científico (CTC), na gestão do atual diretor, Adalberto Val. Dentre os assuntos discutidos, estão os principais avanços e metas alcançadas pelo Inpa no período de 2006 a 2014, além da sinalização pela Casa Civil e da Presidência da República da realização de um novo concurso no Inpa para a contratação de pessoal de níveis superior e médio.
O CTC é um órgão colegiado constante na estrutura organizacional do Inpa e tem, entre outras funções, orientar e assessorar o diretor no planejamento das atividades científicas e tecnológicas do instituto. Fazem parte do CTC, além de Adalberto Val, os conselheiros Odenildo Sena, secretário de Estado da Ciência, Tecnologia e Inovação (Secti); o empresário Gaitano Antonaccio, da Associação Comercial do Amazonas (ACA); os pesquisadores do Inpa Basilio Frasco Vianez, Gislene Almeida Zilse e Paulo Mauricio Graça.
A realização de um novo concurso para o preenchimento de cerca de 150 vagas para pesquisadores e pessoal administrativo e vem atender a deficiência de recursos humanos no Inpa. “Por enquanto, é apenas sinalização de concurso, sem previsão de prazos”, destacou Val.
Em 2012, o instituto abriu 91 vagas em concurso, sendo duas vagas para Tecnologista, 11 vagas para pesquisador e 78 vagas para técnico. O Inpa possui mais de 700 servidores, sendo 200 deles pesquisadores nas mais diversas áreas de pesquisa.
“Existe a necessidade de se realizar um concurso púbico na área de gestão, tendo em vista o grande número de aposentadorias no instituto”, comentou o coordenador de Administração do Inpa, Raimundo Otaíde Picanço.
Avanços
Durante a reunião, a coordenadora de Pesquisa e Acompanhamento de Atividades Finalísticas (CPAF), Hilândia Brandão, destacou os principais avanços e metas alcançadas pelo Inpa, nos últimos oito anos, como a evolução da pesquisa e da produção científica, além da evolução da captação de recursos. Segundo a coordenadora, foram 489 projetos que receberam investimento na ordem de R$ 173 milhões oriundos do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam).
O coordenador de Ações Estratégicas, Estevão Monteiro de Paula, falou sobre a Coordenação de Tecnologia da Informação com seus recentes avanços estratégicos e destacou o número de publicações científicas produzidas pela Editora do Inpa com 98 títulos, entre livros, cartilhas e revistas. Também destacou projetos institucionais em parceria com a Fapeam, Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Superintendência de Desenvolvimento da Amazônia (Sudam) e Projetos Grandes Vultos.
A coordenadora de Capacitação, Beatriz Teles, ressaltou que após a reforma administrativa ocorrida na gestão da atual diretoria, passou a ter um núcleo de apoio administrativo que coordena todos os programas de pós-graduação. Segundo ela, 131 docentes são credenciados pelos programas e, no período de 2006 a 2014, foram realizadas 906 defesas, entre mestrado e doutorado e concedidas cerca de 1.600 bolsas no Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica. O Inpa é a única instituição do Estado com curso de pós-graduação com conceito 6 na avaliação trienal da Capes divulgada em 2013, neste caso o de Ecologia. As notas variam de 1 a 7, sendo que 6 e 7 são considerados de qualidade internacional.
Para Adalberto Val, a pós-graduação no Brasil precisa de uma revolução dramática no que se refere a sua estruturação a fim de explorar sua interface, trabalhar em conjunto e capilarizar pelo interior da Amazônia. “E a pós-graduação é de fundamental importância nesse processo”, disse.
Extensão
Quanto à evolução na área de Extensão, o coordenador Carlos Bueno ressaltou que o Inpa possui 166 processos e produtos originados dos 64 pedidos de patentes junto ao Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI). Ele também citou a criação da Coordenação de Tecnologias Sociais e a Coordenação de Extensão Tecnológica e Inovação, além da Incubadora do Inpa que possui sete empresas incubadas. São elas Hdom, Delicatessen Pescado, Nectar, Amazônia Sócioambiental, CiaFlor, Portela Woods e Biozer.
Bueno também falou sobre o grande número de visitantes no Bosque da Ciência, que nestes 15 anos de criação espaço de divulgação científica e educação ambiental recebeu cerca de 1 milhão e 400 mil visitantes.
O coordenador de Cooperação e Intercâmbio (Coci), Niwton Leal, destacou a evolução das cartas convites publicadas com países pan-amazônicos (Peru, Venezuela, Colômbia e Equador) e os acordos vigentes e em trâmite com os países amazônicos (Colômbia, Guiana Francesa e Equador).
O Conselheiro Paulo Maurício Graça manifestou positivamente aos dados apresentados. “Como membro do CTC, espero que o Inpa continue avançando e consiga manter as conquistas alcançadas até agora”, disse.
A Conselheira Gislene Zilse enfatizou a necessidade do Inpa obter recurso externos. “Podemos ser mais proativos em termos de parcerias com a Fapeam e a Secti na interiorização de pesquisas científicas e ampliar estas parcerias”, disse Gislene sugerindo que a próxima gestão amplie as parceiras com as agências de fomento. O também conselheiro Basilio Vianez agradeceu pela oportunidade de participar do CTC e falou sobre a importância da parceria entre o Inpa, Secti e Fapeam.
Gaitano Antonaccio parabenizou o Inpa pela evolução conquistada nos últimos oito anos, o entrosamento entre as coordenações e o incentivo para o desenvolvimento das pesquisas. Da mesma forma, o conselheiro Odenildo Sena falou sobre o papel da Secti e enfatizou que nesses oito anos o Inpa realizou “um excelente trabalho de popularização da Ciência, ganhando grande parte dos prêmios de Jornalismo da Fapeam”.
Na ocasião, Sena entregou aos participantes da reunião o Plano de Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento da Amazônia Legal. “Estamos numa batalha para vender esse plano politicamente”, enfatizou Sena, conclamando o esforço de união dos pesquisadores nessa luta. “Esse plano não foi feito por Brasília, é um plano da Amazônia”, destacou.
No encerramento da reunião, Adalberto Val destacou o trabalho desenvolvido pela Secti e pela Fapeam, agradecendo a Odenildo Sena pelo incansável trabalho na questão dos marcos regulatórios. Ele também ressaltou o trabalho realizado pela Assessoria de Comunicação do Inpa. “A Ciência só vai ser valorizada na medida em que ela for socializada”, comentou Val, acrescentando está deixando essa gestão com a sensação de dever cumprido e que o resultado obtido é fruto de um trabalho em equipe.
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