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Pesquisadores do Brasil e Reino Unido elaboram estudos sobre biodiversidade e bioeconomia

  • Publicado: Quinta, 22 de Maio de 2014, 20h00
  • Última atualização em Terça, 14 de Abril de 2015, 11h27

 

O Workshop Brasil-Reino Unido acontece de 02 a 06 de junho, em Manaus. A proposta é elaborar projetos de pesquisa de interesse dos pesquisadores para que possam concorrer a editais programados por Fundações de Amparo a Pesquisas (FAP´s)

Por Camila Leonel – Ascom Inpa

Foto: Tabajara Moreno (Acervo Inpa)

De 02 a 06 de junho, o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI) sediará o Workshop Brasil-Reino Unido de Biodiversidade e BioEconomia. O encontro coordenado por Inpa e Kew Gardens terá palestras e debates entre pesquisadores de diversas instituições brasileiras e inglesas.  Os Reais Jardins Botânicos de Kew ou Kew Gardens são um complexo de jardins botânicos que ficam em Londres, os mais antigos e prestigiados do mundo.

A abertura do evento será no dia 3 de junho, às 9h, no Auditório do Bosque da Ciência, com entrada liberada ao público. Na ocasião, os pesquisadores, que no dia anterior vão visitar a Reserva Ducke, apresentarão suas respectivas Instituições e as definições e abordagens pretendidas nos estudos de BioEconomia e Diversidade. Já nos dias 4 e 5 serão realizadas reuniões separadas em grupos de interesse para propor projetos em parcerias multinstitucionais. O enceramento se dará no dia 06 com a apresentação do relatório final e proposições.

De acordo com um dos organizadores do workshop, o pesquisador do Inpa, Niwton Leal Filho, a reunião objetiva identificar a demanda de pesquisas em BioEconomias e biodiversidade, e identificar temas e projetos de pesquisa de interesse comum, que possam concorrer aos editais a serem abertos pelas diversas Fundações de Amparo à Pesquisas (FAP´s) nacionais com recursos provenientes de fundos do Reino Unido e Brasil, totalizando 18 milhões de libras  anuais durante três anos.

“A BioEconomia envolve as inovações aplicadas no campo das ciências biológicas abrangendo o desenvolvimento de produtos e processos biológicos nas áreas da saúde humana, da produtividade agropecuária e extrativista, necessitando para isso de novas abordagens da biotecnologia”, explicou Leal Filho.

Segundo o pesquisador, as oportunidades para o crescimento mundial da BioEconomia estão relacionadas ao aumento da população e ao seu envelhecimento, ao aumento renda per capita, à necessidade de ampliação da oferta de alimentos, saúde, energia e água potável e seus efeitos sobre as mudanças climáticas. Esse cenário indica a oportunidade do Brasil se tornar uma potência competitiva no setor e de distribuir renda às populações que detêm conhecimentos tradicionais e que praticam a exploração sustentável dos recursos biológicos. 

“Isso exige pesquisas, planejamento e políticas assertivas, que busquem melhores alternativas no uso de recursos naturais e organização da atividade econômica, sem comprometer a sustentabilidade do ecossistema”, ressaltou Leal Filho.

As áreas prioritárias a serem apoiadas são segurança alimentar, cidades do futuro, bioeconomia e doenças negligenciadas; aquelas doenças que não só prevalecem em condições de pobreza como também contribuem para a manutenção do quadro de desigualdade por representar importante entrave ao desenvolvimento dos países, a exemplo da dengue, malária, doença de chagas, leishmaniose e tuberculose.

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