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Seminário no Inpa debate situação de profissionais e das bibliotecas no Amazonas

  • Publicado: Quarta, 21 de Maio de 2014, 20h00
  • Última atualização em Terça, 14 de Abril de 2015, 11h23

 

De acordo com a presidente do Conselho Regional de Biblioteconomia do Amazonas (CRB/AM), Thais Trindade, o Estado tem cerca de 900 profissionais de biblioteconomia registrados e que estão distribuídos em órgãos púbicos e privados

Por Luciete Pedrosa – Ascom Inpa

Foto: Daniel Jordano

“As autoridades públicas não dão a estrutura devida para que as bibliotecas possam cumprir a sua função social, política e técnica”, afirma o representante do Amazonas no Conselho Federal de Biblioteconomia (CFB), professor Raimundo Martins, que participa do “Seminário Regional em Bibliotecas Escolares e Públicas: da barbárie ao compromisso ético social e político”.

O evento acontece no Auditório da Ciência, situado no Bosque da Ciência do Instituto Nacional de Pesquisas do Amazonas (Inpa/MCTI), e prossegue até quinta-feira (22), quando será realizado o “Seminário Regional de Ética profissional: civilização e barbárie sob mediação da ética profissional”. 

Para Raimundo Martins de Lima, que também é professor do Departamento de Arquivologia e Biblioteconomia da Universidade Federal do Amazonas (Ufam), as bibliotecas ao invés de se transformarem num instrumento de emancipação e de autonomia da população, acabam se transformando num processo de barbárie. “Porque ela nega à sociedade a informação que ela teria por função oferecer”, diz.  

O professor justifica que barbárie é qualquer violência, seja física ou simbólica. “E a biblioteca trabalha com a violência simbólica, porque ela nega a informação às pessoas, não por intenção, mas os dirigentes, por questões de natureza política, acabam negando a infraestrutura necessária para que isso possa acontecer”, enfatiza Martins.

De acordo com o técnico do Inpa, Jorge Cativo, um dos organizados do evento, o seminário é uma parceria entre a Biblioteca do Inpa, a Ufam e o Conselho Regional de Biblioteconomia no Amazonas (CTB/AM). A proposta é debater o funcionamento, a estrutura e o papel das bibliotecas públicas escolares no Estado, além de tratar sobre os aspectos éticos desses profissionais da área de informação.

Participam do seminário a presidente do CRB/11ª Região Amazonas, Thais Trindade; a presidente do CFB, Regina Céli de Souza; além de representantes da Biblioteca Pública do Estado do Amazonas, vinculada à Secretaria de Estado de Cultura (SEC), profissionais da Secretaria Municipal de Educação (Semed), professores, acadêmicos e bibliotecários da Ufam.

Para Regina Célia, o Brasil precisa de muitos bibliotecários e existem cerca de  175 mil vagas a ser ofertadas para estes profissionais. Ela comenta sobre a Lei 12.244/2010, que trata da universalização das bibliotecas escolares e define que cada instituição de ensino deve ter uma biblioteca com um bibliotecário e isso, hoje, com algumas exceções, não é cumprido. 

Segundo ela, por conta dessa situação, o CFB criou uma comissão de Bibliotecas Escolares Públicas para que elaborasse um plano de metas para que o Brasil cumpra a lei. “Isso significa que todas essas instituições tenham biblioteca com bibliotecário, além disso, queremos bibliotecas que sejam prazerosas e que ofereçam produtos e serviços para sua comunidade e que cada governante coloque como prioridade nos seus planos de governo”, diz.   

Para a presidente do CRB/11ª Região Amazonas, Thais Andrade, o profissional de biblioteconomia vem ganhando, nos últimos anos, uma maior visibilidade tendo em vista o advento do uso e da disseminação da informação e, também, pela criação da Lei da Biblioteca Escolar (Lei n° 12.244) que instituiu que todas as escolas a partir do 5º ano são obrigadas a ter um bibliotecário.

De acordo com Thais, atualmente o Amazonas tem cerca de 900 profissionais registrados e que estão distribuídos dentro de órgãos públicos e privadas, não só em bibliotecas, mas em instituições que tratam de informação e documentação.

No Amazonas, a Ufam é a única instituição que forma o profissional de biblioteconomia. Ainda conforme Thais, hoje esses profissionais estão se qualificando e buscando seu lugar no mercado de trabalho que muitas vezes são ocupados por leigos, pessoas que não tem a qualificação profissional. Ela destaca que a Lei n° 40.084 que trata da gestão, direção e organização e de todo serviço ligado à bibliotecas e informação são atributos exclusivos do bibliotecário.

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