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RNP e MCTI dão início ao programa Centros de Dados Compartilhados no Inpa, em Manaus (AM)

  • Publicado: Quarta, 07 de Maio de 2014, 20h00
  • Última atualização em Terça, 14 de Abril de 2015, 11h06

 

A iniciativa, em parceria com os Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), da Educação (MEC), e operacionalizado no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa), vai oferecer serviços de armazenamento, processamento e distribuição de conteúdo digital hospedados em infraestrutura de cloud computing doado pela Huawei para as instituições de ensino e pesquisa no país

Texto: Assessorias MCTI, RNP, INPA e Huawei

Foto: Henrique Lima

O primeiro Centro de Dados Compartilhados (CDC) para computação em nuvem do país foi inaugurado na tarde desta quinta-feira (08) no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/ MCTI), em Manaus. O projeto que contribui para elevar a ciberinfraestrutura de fortalecimento da pesquisa no Brasil é uma iniciativa dos Ministérios da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), da Educação (MEC), coordenada e operada pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), em parceria com instituições de ensino e pesquisa.

Participaram da cerimônia de inauguração do CDC, no Inpa, o Célio Campolina, o secretário de Política de Informática do MCTI, Virgílio Almeida; o diretor de gestão da RNP, Wilson Coury, o diretor do Inpa, Adalberto Luis Val, o CEO da Huawei do Brasil, Veni Shone, empresa global especializada em Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) responsável pela doação e instalação dos equipamentos. Além do Embaixador da China no Brasil, Li Jinzhang, o subsecretário de Tecnologia da Informação da Prefeitura de Manaus, Eudo de Assis Júnior, e o secretário de Estado de CT&I, Odenildo Sena.

O Ministro do MCTI, Célio Campolina, participou da solenidade por videoconferência. “Quero reforçar o nosso compromisso com o projeto de desenvolvimento científico e tecnológico para a Amazônia”, disse Campolina, que não pode estar em Manaus por conta de outros compromissos ministeriais.

O projeto piloto contempla os Centros de Dados Compartilhados (CDC) em Manaus e Recife onde permitirão atender de forma escalonada e crescente as demandas por recursos computacionais baseados nas atuais tecnologias de Computação em Nuvem, que vem impactando nas atividades de colaboração da comunidade acadêmica no Brasil, através de uma arquitetura em nuvem que começa a ser disponibilizada no Brasil pela RNP. Os sistemas instalados pela Huawei representam uma nova fase para a educação nas regiões Norte e Nordeste. No total, serão mais de mil servidores disponíveis à comunidade científica, com capacidade de armazenamento de toda a estrutura de 0,5 petabite. Comparativamente significa que se colocar três fotografias com capacidade de 3 megabytes uma ao lado da outra daria para armazenar 39 mil quilômetros de fotos no CDC.

 “O MCTI considera estratégico a modernização da infraestrutura cibernética do Brasil para as atividades de desenvolvimento científico e tecnológico. Dentro dessa perspectiva, a instalação do datacenter de Manaus representa um passo concreto para ampliar os serviços de computação em nuvem para os estudantes, professores e pesquisadores de várias áreas da ciência. Os recursos de armazenamento e processamento do datacenter de Manaus estarão disponíveis às universidades e institutos de pesquisa de todo o país, por meio da Rede Nacional de Ensino e Pesquisa” destaca o secretário de Política de Informática, Virgílio Almeida.

O objetivo é oferecer serviços de armazenamento, processamento e distribuição de conteúdo digital, no contexto do Inpa, informações sobre a Biodiversidade, clima e ambiente assim como componentes da dimensão humana na região, incluindo software, dados, imagens e vídeos para instituições de ensino e pesquisa no Brasil.

“Estamos agora implantando o serviço de nuvem computacional. Ao longo do tempo novos centros de dados, localizados em qualquer parte do país, vão permitir um maior compartilhamento de informações entre a comunidade de pesquisadores e professores e alunos em todo o país e vão garantir a replicação de acervos de dados fundamentais mantidos em diversos laboratórios em todo o país através da infraestrutura compartilhada e redundante que a nuvem oferece”, explicou o Diretor de Serviços e Soluções da RNP, José Luiz Ribeiro.

"A Huawei tem o prazer de doar os sistemas de computação em nuvem para o governo brasileiro, que irão contribuir para projetos de EAD nas regiões Norte e Nordeste. Estamos presentes há mais de 15 anos no Brasil e traremos continuamente tecnologia e soluções inovadoras para ampliar cada vez mais nossa participação no país", esclareceu Veni Shone. “A Huawei continuará investindo no Brasil como um parceiro confiável de tecnologia tanto para o Governo, quanto para as empresas", completou.

Aplicações

Os Centros de Dados Compartilhados podem ser usados em diferentes áreas: na saúde, permitindo o armazenamento de imagens de cirurgias em Ultra Alta Definição 4K, produzidas pela Rede Universitária de Telemedicina; na cultura, para preservação e acesso ao acervo do conteúdo audiovisual nacional, como os filmes do Canal 100, sobre o futebol brasileiro, mantido pela Cinemateca Brasileira, além de várias coleções históricas e materiais; na ciência, para o monitoramento do meio ambiente e a biodiversidade; e na gestão e desenvolvimento de Tecnologia e Inovação, para o acesso a indicadores, plataforma de periódicos científicos e sistemas de avaliação.

"O crescente volume de dados produzidos sobre a Amazônia em todas as áreas do saber associado à necessidade de processamento mais robusto de dados e à proteção das informações eletrônicas fazem do CDC uma ferramenta vital para o avanço da Ciência brasileira”, destacou o diretor do Inpa, Adalberto Val. “Eu diria que nós vamos multiplicar por algumas vezes a nossa capacidade de fazer a segurança desses dados com esta estrutura”, completou.

Dentre os benefícios do projeto CDC destacam-se a redução da fragilidade de várias instituições de ensino e pesquisa em hospedar um grande volume de informações e aplicações vitais como bases de dados científicas; a redução de custos de hardware, software e recursos humanos para as instituições usuárias; o aumento da agilidade e flexibilidade na utilização de capacidade computacional para processamento e armazenamento de dados; o aumento da capacidade de preservação digital das informações e dados compartilhados, por meio da replicação dos dados em ambiente seguro em território nacional; e o aumento da disponibilidade e segurança das informações para os pesquisadores, professores e alunos.

O Projeto dos Centros de Dados Compartilhados será essencial para a comunidade acadêmica brasileira por aumentar a interação entre as instituições de ensino e pesquisa em todo o país, promovendo a troca de conhecimentos e experiências entre docentes, discentes, estudiosos e pesquisadores; facilitar a análise de documentos e conteúdos; acelerar o processamento de informações e desenvolvimento de ferramentas de TI e outras soluções para o ensino e a pesquisa.

Em Manaus foram instalados dois contêineres e em Recife serão outros três. O custo de operação das estruturas está estimado em R$ 5 milhões. O MCTI e MEC investiram R$ 6,5 milhões para trazer os equipamentos e montar a estrutura.

Histórico

A crescente utilização no mercado e as vantagens apresentadas pelas tecnologias de nuvem levaram o MCTI e o MEC a adotá-las na infraestrutura de TIC para o suporte ao ensino e pesquisa no Brasil. 

Um dos elementos essenciais para oferta de serviços de computação em nuvem no Brasil é a implantação e operação de “datacenters”. Com esse objetivo, nasceu uma proposta de parceria com a Huawei durante a visita da presidente Dilma Roussef à China, em abril de 2011, que resultou na doação de dois datacenters ao Brasil. Estes equipamentos serão operados pela RNP.

Inicialmente, o Projeto CDC vai implantar dois centros de dados compartilhados por meio de parcerias com instituições de pesquisa como o Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, INPA, localizado em Manaus, e de ensino superior, como o Instituto Federal de Pernambuco, IFPE, de Recife.

Sobre a RNP  

Qualificada como uma Organização Social (OS), a Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP) é ligada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), responsável pelo Programa Interministerial RNP, que conta com a participação dos ministérios da Educação (MEC), da Saúde (MS) e da Cultura (MinC). Pioneira no acesso à internet no Brasil, a RNP planeja e mantém a rede Ipê, a rede óptica nacional acadêmica de alto desempenho. Com Pontos de Presença em 27 unidades da federação, a rede tem mais de 800 instituições conectadas. São aproximadamente 3,5 milhões de usuários usufruindo de uma infraestrutura de redes avançadas para comunicação, computação e experimentação, que contribui para a integração entre o sistema de Ciência e Tecnologia, Educação Superior, Saúde e Cultura.

Sobre a Huawei

A Huawei é líder global em soluções de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC). Por meio de nossa dedicação à inovação centrada no cliente e fortes parcerias temos estabelecido vantagens fim-a-fim em telecomunicações de rede, aparelhos e computação em nuvem. Estamos comprometidos com a criação de máximo valor para operadoras de telecomunicações, empresas e consumidores, oferecendo soluções e serviços competitivos. Nossos produtos e soluções foram implantados em mais de 170 países, atendendo a mais de um terço da população mundial. No país há mais de 15 anos, a Huawei do Brasil é líder no mercado nacional de banda larga fixa e móvel por meio das parcerias estabelecidas com as principais operadoras de telecomunicações do país. Está presente nas cidades de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília, Curitiba e Recife, além de possuir um centro de treinamento em Campinas (SP) e um centro de distribuição em Sorocaba (SP).

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