Ações de resgate e valorização da história científica na Amazônia marcam 66 anos do Inpa
Campanha nas redes sociais traz Linha do Tempo construída de forma colaborativa, vídeos, homenagens e experiências positivas de como o Inpa faz parte da vida das pessoas
Por Cimone Barros - Inpa
Artes e banner: Rodrigo Verçosa e Gabriel Leite
Fotos: Acervo Inpa
Uma campanha nas redes sociais intitulada #minhahistorianoinpa marca os 66 anos de implantação do Instituto Nacional e Pesquisas na Amazônia (Inpa/MCTI), comemorados nesta segunda-feira (27). Em decorrência da pandemia do novo coronavírus, o Instituto ainda não voltou às atividades presenciais normais - a maioria dos servidores está em trabalho remoto - e as visitas no Bosque da Ciência continuam suspensas. Não há uma data definida para o retorno, pois está dependendo da publicação de ato normativo do MCTI.
As ações da campanha fazem um resgate de fatos importantes na trajetória do Instituto como forma de conhecer e valorizar seu papel na região, além de ampliar a conexão com os públicos ao estimular as pessoas a contarem histórias marcantes que tiveram com o Inpa.
Uma das ações é uma Linha do Tempo, construída a partir de base bibliográfica e da colaboração de servidores do Inpa. A Linha destaca conquistas, desafios e superações em mais de seis décadas de atuação científica na Amazônia.
Os anos iniciais foram difíceis, sem recursos humanos próprios e de desconfiança de outros órgãos sobre sua operacionalidade. Isso não desanimou os pesquisadores. Nos anos de 1954 e 55, o Inpa fez as suas primeiras expedições científicas para o território de Rio Branco (atual Roraima), empreendidas pela Divisão de Recursos Naturais e chefiadas pelo geógrafo francês Francis Ruellan. Em 1973, foi finalizada a construção da atual sede, no Aleixo, conhecida como Cidade da Ciência. Mais de 20 anos depois (1995), o Inpa inaugurou o Bosque da Ciência.
Conforme a diretora do Inpa, a pesquisadora Antonia Franco, o Instituto tem o compromisso com a ética e excelência da pesquisa, respeita as relações sociais, o patrimônio sociocultural e valoriza a biodiversidade da Amazônia.
“A cada ano nós acrescentamos um tijolinho à nossa história, não só servidores, mas também alunos e todos que passaram pelo Inpa. Minha gratidão a cada um que contribui com o desenvolvimento da ciência na Amazônia. Vida longa ao Inpa”, destacou Franco, que é a primeira mulher a assumir como titular a direção desta unidade de pesquisa do MCTI.
A campanha traz homenagens e vídeos de dirigentes - desde o fim da década de 1970 até os dias atuais -, especialmente ex-diretores. Os vídeos serão postados no decorrer da semana e ressaltam a importância das pesquisas do Inpa para o desenvolvimento da Amazônia.
“As pesquisas do Instituto são essenciais para orientar um desenvolvimento sustentável da Amazônia e do Brasil. Os conhecimentos gerados são importantes para formar uma bioeconomia da região que permita gerar riquezas sem derrubar a floresta. Sessenta e seis anos não são pouca coisa. Parabéns Inpa!”, diz o ecólogo Herbert Schubart, que foi diretor de 1985 a 1990, destacando ter “muito orgulho de ter participado dessa equipe maravilhosa”.
#minhahistorianoinpa
No perfil do instagram @inpa_mcti, a campanha #minhahistorianoinpa estimula o seguidor a contar sua história marcante com o Instituto, de como o Inpa faz parte da sua vida. A participação pode ocorrer por meio de textos, fotos, vídeos, por exemplo, relacionados ao laboratório em que trabalhou ou fez estágio, uma visita ao Instituto ou ao Bosque da Ciência, atividades de educação e popularização da ciência, eventos, pesquisas de animais e plantas ou pesquisador que foi ou é referência para você.
A campanha acontecerá até sexta-feira (31). Para participar, basta contar a história, usar a tag #minhahistorianoinpa, marcar o perfil do Inpa no Instagram @inpa_mcti e mais dois amigos. As histórias mais emocionantes serão selecionadas e premiadas: vão aparecer no perfil do Inpa e ganhar kits de livros da Editora Inpa, uma fonte de obras de qualidade sobre a Amazônia. Os resultados serão divulgados nas tardes de quarta e sexta-feira desta semana.
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