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Workshop INCT Adapta: estudo revela que altas temperaturas favorecem pragas em planta da Amazônia

  • Publicado: Segunda, 24 de Março de 2014, 20h00
  • Última atualização em Terça, 14 de Abril de 2015, 09h13

 

A pesquisa foi apresentada nesta terça-feira (25) no V Workshop INCT Adapta promovido pelo Inpa em Manaus

Por Luciete Pedrosa

“Plantas em áreas alagadas submetidas a elevadas temperaturas e alta concentração de CO2 (gás carbônico) foram completamente infestadas por ácaros ou pragas”.A afirmação foi feita durante o segundo dia do V Workshop INCT Adapta pela vice-coordenadora do projeto, Maria Teresa Piedade, após experimentos realizados no microcosmos.

Ainda de acordo com a pesquisadora do Inpa, outro fator deve ser levado em conta. “Pode ser que muito antes das temperaturas e do CO2 dizimarem as plantas, a infestação por bichos - que serão favorecidos por esse tipo de cenário – acabem com todas elas. Isso indica a necessidade de estudos futuros para esta questão”, ressaltou.

Os experimentos foram realizados com a espécie H. spruceana, também conhecida como seringa-barriguda, por alunas de mestrado em Botânica durantetrês meses em uma das salas do projeto microcosmos, que simula efeitos de mudanças climáticas.

“Apesar dessa espécie habitar ambientes de áreas alagáveis, as alterações de temperatura e CO2 podem ser muito danosas para a agricultura, pois os ácaros são uma espécie de praga que podem gerar desequilíbrio”, afirmou a mestranda Heloíde de Lima Cavalcante, que realizou os estudos junto à mestranda Pauline Pantoja.  

Piedade também destacou que foram feitas pesquisas com plantas aquáticas das espécies Eichhornia crassipes (moreru) e Echinochloa polystachya (canarana), a fim de analisar como o derramamento de petróleo e a temperatura elevada poderiam comprometer o crescimento delas. O trabalho está sendo desenvolvido pela doutoranda em Ecologia, Aline Lopes, sob orientação da pesquisadora.  

Segundo Lopes, que faz parte do grupo Ecologia, Monitoramento e Usos Sustentáveis de Áreas Úmidas (MAUA), cerca de 30% ou 2 milhões de km² da bacia amazônica são de áreas úmidas. “Isso quer dizer que temos que enxergar as questões científicas da Amazônia, não apenas focando em terras firmes, porque grande parte dos ambientes aqui tem vegetação e organismos animais adaptados à entrada e saída periódica das águas ao logo do ano. São comunidades extremamente adaptadas e não podemos tratá-las da maneira como são tratados os ambientes que não têm esse pulso de inundação, que é o que caracteriza a maioria das áreas úmidas da região”, enfatizou.  

O evento

O V Workshop INCT Adapta deste ano tem como tema “Novos paradigmas científicos e mudanças climáticas globais” e reúne líderesde laboratórios associados ao projeto até a próxima quinta-feira (27), no Auditório da Ciência, situado na Av. Otávio Cabral, bairro Petrópolis, Zona Centro-Sul de Manaus.  

Confira o resumo do segundo dia do evento no vídeo abaixo:

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