Egressa da Pós-Graduação em Ecologia do Inpa conquista Grande Prêmio Capes de Tese
Para a seleção do Grande Prêmio foram formadas três comissões, uma em cada grande área do conhecimento, compostas por, no mínimo, três membros e lideradas pelo presidente da Capes.
Da Redação – Inpa/Capes*
Fotos: Ima Vieira
Carolina Levis, egressa do Programa de Pós-Graduação em Biologia (Ecologia) do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTIC), foi uma das vencedoras da 14ª edição do Prêmio Capes de Tese, com cerimônia ocorrida na quinta-feira (12), em Brasília. Carolina foi contemplada com o Prêmio Graziela Maciel Barroso pela tese em Domesticação das Florestas Amazônicas.
O evento busca premiar as melhores pesquisas de doutorado defendidas em 2018. Os nomes dos três Grandes Prêmios são uma homenagem a grandes cientistas brasileiros. “Oscar Sala” é o nome da categoria de Ciências Exatas, Tecnológicas e Multidisciplinar, “Graziela Maciel Barroso” da categoria Ciências da Vida e “Josué de Castro” da categoria de Humanidades.
Com este, Carolina Levis totaliza seis prêmios ganhos por sua tese, que trouxe evidências de que a Amazônia tem florestas domesticadas pelos povos indígenas desde, pelo menos, 13 mil anos. A bióloga foi orientada pelos pesquisadores Flávia Costa e Charles Clement do Inpa, e na Holanda pelos pesquisadores Frans Bongers e Marielos Peña-Claros, da Wageningen University & Research.
A pesquisa identificou locais com alta riqueza de espécies com algum grau de domesticação, alta diversidade arqueológica e cultural, que devem ser incluídos nos planejamentos de áreas prioritárias de conservação. Outro passo importante é que se começou a compilar práticas de manejo local da floresta, para entender como manter paisagens florestais diversas e de grande utilidade às populações locais.
“Estou sentindo uma emoção enorme porque eu acho que é fantástico poder estar num momento desse, de celebrar as conquistas científicas. Estou vivendo um momento de celebrar todo o trabalho que já realizei ao longo de dez anos em que estou na Ciência”, disse Levis em entrevista para a Capes.
A diretora do Inpa, Antonia Franco, parabenizou Carolina por sua dedicação e a forma como a aluna se voltou para a ciência. “Que ela sirva de exemplo para tantos outros alunos e cientistas que serão o futuro do Brasil”, destacou Franco.
Além de Carolina, outros dois alunos também foram contemplados com o Prêmio Capes de Tese: Beatriz Schmidt, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), e José Holanda da Silva, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Os três vencedores receberam R$ 20 mil, Carolina e José de Holanda foram agraciados pelo Instituto Serrapilheira, e Beatriz, pelo Instituto Ayrton Senna.
Prêmio Capes de Tese 2019
O Prêmio Capes de Tese 2019 condecorou 49 teses em categorias distintas, das quais foram escolhidas três para o Grande Prêmio. Dessas 49 teses, duas são da Amazônia. A de Carolina Levis na categoria biodiversidade e a de Vitor Gomes, do Museu Paraense Emílio Goeldi, na área de Ciências Ambientais. Gomes fez uma Análise dos impactos das mudanças climáticas e do desmatamento sobre a flora arbórea da Amazônia e contou com a orientação da ecóloga Ima Vieira, pesquisadora do Museu Goeldi.
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