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Circuito da Ciência do Inpa montará maquete em tamanho natural de ninho do Gavião-real

  • Publicado: Terça, 11 de Março de 2014, 20h00
  • Última atualização em Terça, 14 de Abril de 2015, 08h58

 

A novidade será apresentada já na primeira edição do Circuito da Ciência, no próximo dia 4 de abril (sexta-feira), quando o projeto do Inpa faz aniversário de 15 anos.

Por Luciete Pedrosa

Uma das maiores e mais belas aves de rapina do mundo, o Gavião-real (Harpia harpyja) será uma das principais novidades deste ano do Circuito da Ciência, projeto de divulgação científica e sensibilização ambiental do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/ MCTI) que no dia 4 de abril completa 15 anos de atividade. Para apresentar a espécie, sua biologia, dieta e como a águia vive na Amazônia, além de sensibilizar os estudantes para a importância da conservação da ave, será montada uma maquete de um ninho de gavião-real em tamanho natural.

A maquete de 2 metros de diâmetro será confeccionada pelo Programa de Conservação do Gavião-real (PCGR) do Inpa, que desenvolve atividades de pesquisa desde 1997 quando foi descoberto o primeiro ninho de gavião-real numa floresta de terra firme, próxima a Manaus. A réplica do ninho será instalada na Casa da Ciência, situada no Bosque da Ciência, nas dependências do Instituto, com entrada pela rua Otávio Cabral, bairro Petrópolis.

A novidade foi discutida na reunião de planejamento das atividades do Projeto Circuito da Ciência para este ano, realizada nesta quarta-feira (12). Para o coordenador do Bosque da Ciência, Jorge Lobato, o encontro serviu para rever os trabalhos a serem executados e representou o “ponta-pé” inicial para as atividades do projeto. “A reunião foi muito produtiva porque antigos parceiros, entre eles o Laboratório de Produtos Naturais e a Ampa reafirmaram o compromisso de participar do projeto, assim como atraiu novos parceiros que manifestaram interesse no Circuito, como as faculdades Uninorte, Fametro, UniNilton Lins, Sesc”, diz Lobato.

Segundo a aluna de doutorado de Ecologia e uma das integrantes do Projeto Gavião-real desde 2005, Helena Aguiar, a participação no Circuito da Ciência é uma oportunidade para compartilhar as informações adquiridas sobre essa espécie e sensibilizar as crianças sobre a importância da conservação do gavião-real e diluir alguns mitos que existem sobre ave, como o de que ele é perigoso e que ataca as criações de animais domésticos. “Nesses últimos 15 anos de pesquisas sobre alimentação do gavião-real, ainda não registramos nenhum desses animais domésticos na sua dieta”, explica.

Além do Projeto Gavião-real, também voltará a participar da próxima edição do Projeto Circuito da Ciência a Associação Amigos do Peixe-boi (Ampa), que montará quatro estações onde os educadores ambientais falarão sobre o peixe-boi e a ariranha, que são dois representantes dos mamíferos aquáticos existentes no Laboratório de Mamíferos Aquáticos (LMA) do Inpa. Segundo o educador ambiental da Ampa, Rafael Tavares, a proposta é receber as escolas e fazer com que as crianças reflitam sobre a preservação das cinco espécies de mamíferos aquáticos da Amazônia (lontra, ariranha,  botos-vermelho e tucuxi além do peixe-boi).

O projeto Circuito da Ciência tem como principal objetivo promover o conhecimento, a sensibilização ambiental e a divulgação da informação científica, por meio de apresentações de oficinas educativas, exposições científica em estandes e contato com a fauna e a flora, proporcionando aprendizado e entretenimento baseados no ambiente amazônico. Durante o projeto, a  entrada no Bosque da Ciência das crianças de escolas convidadas é gratuita.

Escolas participantes

Durante a reunião desta quarta-feira, foram sorteadas as primeiras quatro escolas estaduais que participarão, no próximo dia 4 de abril, dessa primeira edição do Circuito da Ciência. Neste ano, o dia foi alterado de sábado para sexta-feira. São elas: Vicente Telles de Souza (Av. Constantino Nery), Fueth Paulo Mourão (São Jorge), Marques de Santa Cruz (São Raimundo), e Almirante Ernesto de Melo Baptista (Vila Buriti – Distrito Industrial). Devem participar cerca de 200 alunos.

Para a coordenadora de Educação Ambiental da Seduc, Telma Prado, que já participa do Circuito da Ciência desde 1995, a parceria com o Inpa é fundamental para que as escolas participem desse projeto. “Porque conhecer o Inpa, onde se tem um conhecimento mais elaborado e onde mestres e doutores realizam pesquisas, é muito importante para difundir esse conhecimento para que possa ser aplicado nas escolas”, comenta Telma.

Também participou pela primeira vez da reunião de trabalho do Circuito da Ciência o secretário municipal de Turismo de Iranduba, Ney Lopes. Para ele, a expectativa de participar de uma edição do Circuito da Ciência vai proporcionar um grande aprendizado para cerca de 40 alunos daquele município, cuja visita está prevista para acontecer no próximo dia 25 de abril.

De acordo com coordenadora do curso de Química da Faculdade Uninorte, Karla Nunes, que participará pela primeira vez do projeto, a expectativa em fazer parte do circuito é muito positiva, porque será uma grande oportunidade para os alunos de Química, Farmácia, Nutrição e Biologia poderem repassar seus conhecimentos para a comunidade.

Os alunos da Uninorte vão mostrar para os visitantes do Circuito da Ciência como se produz sabão em barra a partir do óleo de cozinha recolhido em restaurantes da cidade. “Será um ganho tanto para os alunos da Uninorte quanto para o público que será atendido durante o circuito, porque é disso que precisamos: divulgar o conhecimento e que esse conhecimento chegue até a comunidade”, diz Karla.

Bosque da Ciência

O Bosque da Ciência fica aberto para visitação de terça à sexta-feira, das 9h às 12h, e das 14h às 17h, e aos sábados, domingos e feriados funciona de 9h às 17h. A entrada custa R$5,00, sendo que para crianças até 10 anos e idosos a partir de 60 anos a entrada é gratuita.

O Bosque da Ciência possui uma área de 13 hectares (o equivalente a 13 campos de futebol) e está localizado na área urbana de Manaus, na Av. Otavio Cabral, s/nº – Aleixo (anexo à sede do Inpa).  Mais informações podem ser obtidas pelos telefones 3643-3192/3312/ e 3293

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