Seminários da Amazônia do Inpa debatem novas espécies de maparás
Estudos recentes, a partir de características morfológicas novas e tradicionais, serviram para diferenciar seis espécies de maparás – duas das quais são novas - e sugerir suas inter-relações
Da Redação – Inpa
Banner – Lailla Pontes
Peixes de couro com carne saborosa e suave, os marapás (Hypophthalmus) por muito tempo tiveram sua taxonomia (identificação e classificação dos organismos) e nomenclatura das espécies confusas e não resolvidas. A primeira descrição de Hypophthalmus foi publicada há 290 anos. Estudos recentes esclarecem as questões. O assunto será debatido na próxima terça-feira (19) na edição extraordinária dos Seminários da Amazônia, que terá como tema “How many maparás and how to find them”.
O evento científico do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTIC) será às 15h, no auditório do Programa de Pós-Graduação em Biologia de Água Doce e Pesca Interior (Badpi), localizado no Campus II do Inpa. O palestrante será o pesquisador John G. Lundberg, curador emérito da Academia de Ciências Naturais da Universidade Drexel.
Pesquisas desenvolvidas por Lundberg e equipe validaram e esclareceram quatro nomes de espécies de maparás - três das quais ocorrem na bacia amazônica (H. edentatus, H.fimbriatus e H. oremaculatus) e descreveu mais duas espécies, elevando para seis o número total de espécies do gênero Hypophthalmus.
“Características morfológicas recém-descobertas servem para discriminar todas as espécies e sugerir suas inter-relações. Essa evidência fenotípica fornece a estrutura taxonômica necessária e está em concordância com os resultados de estudos de sequência genética. Juntos, esses dados resolvem uma árvore filogenética”, disse Lundberg.
Conforme o pesquisador, a abundância de amostras nos museus de história natural da América do Sul, do Norte e da Europa documentam a distribuição de espécies em sua vasta área geográfica.
Os maparás são peixes da alimentação popular, abundantes e amplamente distribuídos nos rios das planícies e áreas alagadas da Amazônia, Orinoco, Guianas e Paraná.
Redes Sociais