Menção Honrosa Rio Negro do Inpa condecora personalidades científicas atuantes na Amazônia
Os homenageados deste ano são os pesquisadores do InpaRicardo Marenco e Bruce Nelson e o conservacionista norte-americano Thomas Lovejoy
Da Redação - Inpa
Banner: Rodrigo Verçosa
Fotos: Cimone Barros, Wérica Lima e Acervo do Amazon Biodiversity Center
O Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTIC) entregará a mais alta honraria da Instituição a três personalidades que se destacam pelo trabalho científico desenvolvido pela Amazônia. A medalha da Menção Honrosa Rio Negro será concedida para os pesquisadores do Inpa, Ricardo Marenco e Bruce Nelson, e ao conservacionista norte-americano Thomas Lovejoy.
A solenidade acontecerá na próxima quinta-feira (16), às 19h, no Auditório da Ciência, que fica dentro do Bosque da Ciência, localizado no bairro Petrópolis s/nº, zona sul de Manaus. Instituída em 15 de agosto de 2008, a honraria já agraciou no decorrer dos anos 24 personalidades que contribuem e se dedicam ao desenvolvimento e avanço da pesquisa científica, tecnológica e de inovação na Amazônia.
Thomas Lovejoy
Entre os homenageados desta edição está o ambientalista norte-americano e membro sênior da Fundação das Nações Unidas, especializado em conservação, ecologia e biologia tropical, Thomas Lovejoy, 78. Há 50 anos Lovejoy atua no Brasil, especialmente na Amazônia, com trabalhos focados em florestas tropicais.
Lovejoy é patrono e um dos fundadores do Projeto Dinâmica Biológica de Fragmentos Florestais (PDBFF), junto com Richard Bierrergaard. Criado no fim da década de 1970, o PDBFF é fruto de projeto de cooperação internacional do Inpa com o Instituto Smithsonian dos Estados Unidos em parceria com a World Wildlife Fund (WWF) e a Suframa. O projeto investiga os efeitos da fragmentação florestal sobre a ecologia regional na Amazônia.
Ricardo Marenco
Nascido em 1957, na Nicarágua, Ricardo Marenco é graduado em agronomia e especialista em ecofisiologia vegetal. Chegou ao Brasil dois anos depois onde cursou doutorado em fitotecnia pela Universidade Federal de Viçosa, e em 1994 foi convidado para uma bolsa de pesquisa da Fundação de Amparo do Estado do Maranhão e no estado nordestino integrou o corpo professores da Universidade.
Diante do interesse em estudar a Amazônia, Marenco recebeu a oportunidade de prestar concurso no Inpa. Ao longo da carreira já publicou mais de 60 trabalhos científicos, é orientador de teses, dissertações e trabalhos de conclusão de curso, especialmente na iniciação científica de alunos na Amazônia. O trabalho disciplinado e focado de Marenco destaca-se com sua significativa contribuição como editor-chefe da revista científica do Inpa, Acta Amazonica, entre os anos de 2009 e 2016.
Nesse período, a Acta – revista multidisciplinar de livre acesso e fundada em 1971 – passou por mudanças importantes que a levaram para um patamar de destaque. O tempo de avaliação dos artigos reduziu, a revista passou a ser publicada apenas em inglês, garantiu a periodicidade trimestral e foi indexada ao Web of Science, um dos principais indexadores de periódicos do mundo. O atual fator de impacto JCR/SCI da revista é de 1,042, mantendo-se na posição 54 entre os 130 periódicos brasileiros com fator de impacto SCI.
Bruce Nelson
Nascido em Nova Jersey (EUA) e naturalizado brasileiro, o biólogo é mestre em oceanografia e doutor em botânica, a última titulação no Inpa. Bruce Nelson, 66, participou do Projeto Flora Amazônica, uma cooperação internacional entre o CNPq e o New York Botanical Garden, participando da realização de um dos mais abrangentes inventários florísticos no Brasil.
Com dezenas de trabalhos publicados e orientações de alunos de mestrado e doutorado, Nelson é professor nos programas de Pós-Graduação em Ecologia e Pós-graduação em Ciências Florestais do Inpa. Na carreira, o pesquisador focou em distintos assuntos com diferentes parceiros: perturbações naturais da floresta, dinâmica das florestas dominadas por bambus no Acre, efeito de fogo na floresta de igapó; todos conectados pela ferramenta de sensoriamento remoto. Hoje trabalha com a sazonalidade de fotossíntese da floresta de terra firme e como detectar esta sazonalidade com sensoriamento remoto.
Redes Sociais