Seminários da Amazônia do Inpa debatem projeto Museu na Floresta
Projeto em colaboração do Brasil (Inpa) com o Japão (Universidade de Quioto) montou uma rede de reservas naturais e instalações de observação em ambientes naturais da vida selvagem
Da Redação - Inpa
A rede de lugares e pessoas que trabalham juntas para valorizar e conservar a biodiversidade da Amazônia a partir de um novo conceito de museu, o Museu na Floresta, será debatida nesta quinta-feira (07) nos Seminários da Amazônia do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTIC). A palestra será proferida pelo professor da Universidade de Quioto (Japão) Dr.Shiro Kohshima, coordenador pelo lado japonês do projeto realizado em parceria com o Inpa e financiado pela Agência de Cooperação Internacional do Japão (Jica).
Em inglês e sem tradução, a palestra “Field Museum project in Amazon by collaboration between Brazil and Japan” acontecerá às 15h, no Auditório do Programa de Pós-Graduação em Biologia de Água Doce e Pesca Interior (PPG-Badpi), campus II do Instituto, que fica na Rua Bem-te-vi, s/nº, Petrópolis, zona Sul de Manaus.
De acordo com Kohshima, o Museu na Floresta nasceu da necessidade de contribuir com soluções para a crise da biodiversidade e a degradação dos ecossistemas tropicais que estão ameaçados pelo aumento das atividades humanas na região Amazônica, principalmente nas áreas no entorno de Manaus.
O projeto teve duração de cinco anos e a primeira fase encerrou em julho de 2019. Um novo aporte de recursos específico para pesquisa e educação ambiental irá permitir a continuidade da colaboração pelos próximos três anos. O Dr. Kohshima estará visitando o Inpa para fazer o planejamento das ações da segunda fase do projeto.
“Continuaremos a colaboração Japão-Brasil para promover estudo, conservação e educação para o desenvolvimento sustentável usando o Museu na Floresta na Amazônia após este projeto”, conta Kohshima.
O Museu na Floresta é uma rede de reservas naturais e instalações de observação em ambientes naturais da vida selvagem, onde é possível observar várias espécies em condição de cativeiro, semicativeiro e selvagem, como é o caso do peixe-boi da Amazônia. O projeto também pode contribuir com as comunidades locais, por meio do ecoturismo civil no qual as comunidades funcionariam como um centro de conservação dos ecossistemas locais.
Em Manaus e arredores, o projeto desenvolveu instalações como a modernização da Casa da Ciência com a exposição permanente Tramas da Ciência, a revitalização da Torre de Observação e Pesquisa do Km-14 da estrada ZF-2, a construção da nova Base Alto Cuieiras, localizada em um conglomerado de áreas protegidas, a instalação do sistema de filtragem de água dos tanques de peixes-bois na sede do Inpa, além de apoiar o programa de reintrodução de peixe-boi aos rios da Amazônia.
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