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  • Publicado: Quinta, 01 de Agosto de 2019, 16h28
  • Última atualização em Quinta, 01 de Agosto de 2019, 16h31

 

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O objetivo do prêmio é identificar, certificar, premiar e difundir tecnologias sociais já aplicadas e implementadas, que sejam efetivas na solução de questões relativas à sociedade

 

Da Redação - Inpa      

      

Ferramenta de coleta de frutos de palmeiras arbóreas desenvolvida por técnicos do Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (Inpa/MCTIC) é uma das quatro iniciativas do Amazonas certificadas pela 10ª edição do Prêmio Fundação Banco do Brasil de Tecnologias Sociais. Ao todo foram 118 tecnologias brasileiras e cinco da América Latina e do Caribe. Veja aqui a lista.

 

A Palmhaste facilita a coleta de frutos de pelo menos 20 espécies de palmeiras da Amazônia, com ou sem espinho. Estas palmeiras possuem potencial ou alto valor econômico na região, como açaí, buriti, coco, pupunha e tucumã. O instrumento proporciona segurança ao evitar acidentes, agilidade e maior eficiência ao processo de coleta, já que não requer que o coletor suba nas palmeiras ou espere frutos caírem.

 

A ferramenta foi desenvolvida pelo engenheiro florestal Afonso Rabelo, e pelos ilustradores botânicos Felipe França e Gláucio Belém, vinculados à Coordenação de Biodiversidade (Cobio/Inpa). Eles trabalham na melhoria do instrumento desde 2013.

 

“Ter a certificação da Fundação Banco do Brasil de Tecnologias Sociais é uma satisfação enorme, e fico na expectativa de que esse reconhecimento possa valorizar e ajudar na popularização da ferramenta Palmhaste”, disse Rabelo. A Palmhaste concorreu na categoria geração de renda.

 

De acordo com informações do Prêmio, as iniciativas “reconhecidas como soluções capazes de causar impacto positivo e efetivo na vida das pessoas, já foram implementadas em âmbito local, regional ou nacional e passíveis de serem reaplicadas”. Outros trabalhos do Inpa já foram certificados e fazem parte do Banco de Tecnologias Sociais, como o purificador de água (Água Box), a solução cravo-da-índia no controle do mosquito da dengue e óleo de buriti para a indústria de cosméticos a partir da produção da farinha.

 

Para a coordenadora de Tecnologia Social do Inpa, Denise Gutierrez, este é mais um momento de construção e fortalecimento do setor de tecnologia social no Instituto. “Com essa certificação conseguimos o reconhecimento público que o Inpa desenvolve sim e com primor tecnologias sociais com alta relevância para a comunidade amazônica”, contou Gutierrez, lembrando que o setor incentivou a todos e deu assessoria no preenchimento dos documentos necessários para participação no certame.

 

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Praticidade

 

Simples e de fácil manuseio, a ferramenta de 18 metros de altura é feita com tubos de alumínio naval, foices na ponta da parte superior e acessórios na parte de baixo para dar equilíbrio, estabilidade e sustentação à “haste”. De quebra, o conjunto da ferramenta conta ainda com uma lona plástica à prova d’água para amortecer a queda dos frutos, evitando que eles se espalhem e sejam danificados na queda.

 

“O formato final da palmhaste foi obtido depois de um longo processo de interação com os grupos coletores (extrativistas e pequenos agricultores) que iam testando o dispositivo e incorporando melhorias”,ressaltou Rabelo.

 

De acordo com Rabelo, testes com palmhaste mostraram que com uma hora de trabalho é possível coletar, por exemplo, 90 unidades de cocos. Se levar em consideração que cada um é comercializado no varejo a R$ 3,00, em média, o agricultor pode obter uma receita de até R$ 270,00 por hora trabalhada. “O uso da ferramenta permite coletar de uma só vez grande quantidade de frutos, acarretando em economia de tempo e redução com o custo de transporte”, explica.

 

A Palmhaste é considerada uma solução inovadora para a Amazônia e está registrada na Rede SDSN – A Plataforma de Soluções para o Desenvolvimento Sustentável da Amazônia. Para mais informações clique aqui.

 

Para ver o vídeo da utilização da ferramenta Palmhaste clique aqui.

 

Saiba Mais

 

Duas das quatro iniciativas certificadas do Amazonas são finalistas do Prêmio: Turismo de Base Comunitária: melhorando vidas e preservando o meio ambiente do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (IDSM) e o Programa Primeira Infância Ribeirinha (PIR) da Fundação Amazonas Sustentável, nas categorias geração de renda e primeira infância, respectivamente. A outra tecnologia do Amazonas certificada foi Rede de Artesanato da Floresta (Casa do Rio/ Careiro).

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